terça-feira, julho 31, 2007

Acampamento tá aí a chegar!


São crianças dos 7 aos 12. Confesso que adoro estar com crianças. Já fui muito rigorosa. Achava que... muitas coisas que tinha aprendido e não tinha posto em causa. Aprendi a ouvir. A tentar ver o que realmente é importante ou essencial. Há coisas básicas: a segurança do outro e a segurança de cada criança. O respeito pelos sentimentos do outro. Não magoar, não gozar, não diminuir o outro. Olho para a monitora que era há 20 anos e parece-me que tinha 60. Sou agora muito mais flexível e desfundamentalista. Se aceitarmos ideias e opiniões as coisas podem ser mais caóticas mas mais divertidas e productivas. Tento viver os acampamentos em brainstorm. Espero uma semana divertida e construtiva.

segunda-feira, julho 30, 2007

Casas de Deus


Não há verão evangélico sem acampamentos.

Há pessoas que vão passar férias para Moledo, são Martinho ou Albufeira. Os evangélicos vão para os acampamentos. O Carrascal foi para mim o Sinai. Mas o passado desaparece e ainda que voltemos aos sítios, o passado já lá não está. Não adianta peregrinar.

Continuo por isso a participar em acampamentos das igrejas, tentando talvez reinventar as sensações e experiências em outros locais, esperando que para outros haja também lugares de referência de férias com Deus. Os verões do Carrascal eram mágicos. A comida era horrível, nunca havia água para nada, não passeávamos, a disciplina era militar. Não havia nada que à primeira vista nos atraísse. Mas aí fiz as grandes decisões espirituais da minha vida. Deus passeava por ali.

Vou assim dirigir um acampamento de crianças. Figueira da Foz aqui vou eu. O desejo: que as crianças sintam Deus perto, que de alguma forma para elas um acampamento sem muito espaço para brincar, com recursos limitados e equipamentos envelhecidos, seja para elas o que o Carrascal foi para muito - Betel.

sábado, julho 28, 2007

Diametral



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Quando abandonamos a nossa relação vertical com Deus, vamos perdendo a empatia e compaixão com os outros seres humanos - sem a dimensão vertical ficamos cegos à alma humana. Mas também quando nos afastamos dos homens e perdemos os nossos vínculos horizontais, tornamo-nos desumanos, ficamos criaturas incapazes de vislumbrar Deus.

sexta-feira, julho 27, 2007

Uma aventura das Chiquititas no sistema judicial português.


Há perto de 40 mil processos de família e menores pendentes em sete comarcas de Lisboa. Segundo um estudo, divulgado esta quinta-feira, uma acção de regulação do poder paternal demora, em média, entre quatro a seis anos a ficar resolvida. A Ordem dos Advogados diz estar preocupada com estes dados.
http://www.tsf.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF182380
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E durante este tempo, as crianças são moedas de troca nas guerras conjugais. Normalmente a mãe pressiona para a que as crianças se afastem do pai, e o pai vai paulatinamente demitindo-se da sua responsabilidade parental. A pensão atrasasse, diminui, desaparece. Os fins de semana espaçam-se. A nova família ocupa a mente masculina que esquece os filhos.
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A mulher rassabida envenena os filhos contra o pai. Ouvem-se histórias: gritos e chantagens da nova senhora para que o homem não visite, não pague, desista de ser pai. Chantagem maternal para que os filhos não vão passar o fim de semana com o pai: inventam-se festas, multiplicam-se desculpas, obriga-se os filhos a escolher lealdades. Há também aquele madrasta que comprou uma casa pequena para que os filhos antigos não coubessem na nova casa. A outra que faz um escritório da única divisão livre, para que a filha da primeira não tenha um quarto seu. A realidade de que os fins semana do pai são passados em casa dos avós.
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Os pais entretidos em gritarias não ouvem os mais fracos. O Estado escutando apetecíveis melodias de restrição orçamental esquece os que não têm voz. (Como é possível que haja milheres de psicólogos desempregados e se espere meses por uma avaliação psicológica?)

quinta-feira, julho 26, 2007

Chiquititas: O século das crianças

1. de sonho. O argumento é básico: juntam-se crianças que supostamente são boazinhas, pobres mas muito alegres, com vilões de cabelo preto e alma tenebrosa. Umas pitadas de música, fadinhas ou anjinhos da guarda e já tá.

No horário nobre vê-se contos de fadas com muitas cores e personagens com a profundidade de telitubie. É verdadeiramente o século da televisão-criança.

2. de verdade. Tendo convivido com a realidade dos lares de crianças, odeia estas romantização. Reconheço que estou a ser fundamentalista. Mas estes actores com ar de benzoca, nada têm a ver com os verdadeiros enjeitados. O mundo dos lares não tem chupas-chupas gigantes ou estrelinhas luzentes, uniformes a condizer ou brinquedos coloridos estilo Imaginarium. A maior parte são cinzentos, com humidade. As crianças são violentas da raiva e da dor. Sei que pareço uma desmancha prazeres exagerada. Mas nas IPSS e nos lares do Estado escasseiam as Lilis. E os maus raramente são derrotados pelos bons.

Ensaios sobre a cegueira


Queremos Portugal mudado em 2015? Pensamos em missão global? Queremos conquistar Portugal para Cristo?

Se cada família cristã adoptasse, ou fosse família de acolhimento, para uma das 15,000 (quinze mil) crianças institucionalizadas que apodrecem nos lares do Estado e nas IPSs, então garanto-vos que Portugal mudaria! Não acolher apenas as crianças brancas e até aos 3 anos, como as quais o comum dos portugueses sonha e espera. Mas as negras, as que têm mais de 3 anos, as que não são bonitas ou engraçadinhas.

quarta-feira, julho 25, 2007

Ensaios sobre a cegueira


A violência doméstica está cada vez mais visível. Em 2006, a denúncia destes crimes subiu 30%. O que corresponde a cerca de 9 queixas por dia. Para a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), tais números estão longe da realidade: "53% dos pedidos que nos chegaram em 2006 não tinham sido denunciados às autoridades policiais ou judiciais", garantiu Helena Sampaio, da direcção.

Em 2006, 39 (trinta e nove) portuguesas foram mortas pelos maridos ou companheiros e outras 43 ficaram gravemente feridas. - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
Os crimes de maus tratos são desde 2000, crime público, o que significa que qualquer pessoa pode denunciar estes crimes.


Há mulheres que por um macabro ideial de harmonia familiar, ficam num putativo casamento, porque pensam que é a sua sorte, destino, ordem divina, ou que as crianças vão sofrer por viver longe do pai. As crianças crescem num ambiente que lhes ensina que a violência está certa, que uma pessoa tem o direito de maltratar outra, porque um dia de coração aberto alguém prometeu amar até ao final da vida.
E este voto é cumprido.
O medo, o terror mais profundo fica tatuado no código genético destas crianças e um dia serão copiados nas suas próprias vidas.


Andamos a fazer reuniões para saber quais são as perguntas desta sociedade? Indagamos como fazer chegar a mensagem de Cristo ao mundo? Planeamos campanhas evangelísticas? Orquestramos Mega-eventos? Mas como os doutores da lei do tempo de Jesus ficamos cegos e surdos aos coxos, cegos, paralíticos, leprosos da nossa sociedade.

Somos herdeiros de Jesus de Nazaré que reabilitou a mulher, lhe deu voz e dignidade. E nós? Queremos é converter Zaqueus, Nicodemos, Josés de Arimateis - ou seja: Os tais casais burgueses de 2, qualquer coisa crianças, que ficam lindamente nas festas de Natal e assim? Damos esmola aos pobrezinhos, mas para sentar ao nosso lado na igreja queremos clones da nossa imagem e semelhança? Importunamos o incauto transeunte da rua com panfletos dizendo: "Eu encontrei!"? Que tal procurar os necessitados menos apelativos? É fácil entregar o panfleto e ficar de consciência tranquila, mas foi para os desgraçados que Jesus veio.

Esqueçamos o sonho terreno de criar um Cristandade e preguemos o Reino de Deus ao pobres. Não ridicularizemos a divina natureza de Jesus, dividindo a missão entre pregação e obra social.

Estas mulheres precisam da Igreja. O que fazem os crentes por elas?

domingo, julho 22, 2007

Da Gândara 2


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E o que se faz quando se vai visitar um paroquiano?
Pois hoje, enquanto conversava, andei a apanhar feijão verde...
Pintura: Diong, Indianapolis.

sábado, julho 21, 2007

Da Gândara 1


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l"Ainda ontem fui com o meu senhor, lá para o campo adiante, regar." - contava-me uma paroquiana. mçmlçm~lm
Bonita forma de chamar o marido (acha o conversado)

Já é oficial.


Estamos em plena silly season. É um dolce far niente criativo. Olho coisas interessantes mas dá-me preguiça escrever. Uma ideia ocorre na mente e logo a afasto sem a perseguir. O neurónio entrou de férias. Nada me choca, impele ou empurra. O céu está azul, as nuvens passam no céu. Esperam-se os acampamentos, anseia-se pelas férias. Os cultos decorrem sem sobresalto e os estudos bíblicos bem alinhados. Não é que se trabalhe menos ou com menos fervor. Mas perdi a capacidade de me insurgir, de olhar com ironia ou picar-me com ocorrências. É o verão que nos aplaca o humor e nos faz regalar com dias imensos de luz, calor e briza ao entardecer.

terça-feira, julho 17, 2007

François Bovon


Professor em Geneve e agora em Harvard é um dos meus exegetas favoritos de Lucas. Hoje pela manhã: triiiim e o correio trouxe-me os volumes 2 e 3 do seu comentário de Lucas encontrados mais baratos na "casa del libro". Falta-me agora o 1º volume...
Não há nada como a sensação de desembrulhar um livro esperado...

segunda-feira, julho 16, 2007

Father & Son


O rapaz não tirava o nariz dos dois ou três livros que possuía. Se o queriam encontrar era com um nas mãos. Franzia a testa a mãe e preocupava-se o pai, pois um homem a sério não anda por aí com livralhada nas mãos. Há-que trabalhar.

Era dia de feira, acorda-se o rapaz de madrugada e com uma bucha guardada lá vão pai e filho até chegar à Feira de Gado, era necessário comprar umas vacas... Chegando lá e enquanto o pai aprecia o gado exposto, o rapaz descobre um homem discreto que vende uns livros de capa preta. O homem anuncia que aquele livro oferece a salvação e a paz... Acossado pelo rapaz que insiste com o pai para que compre um livro, o pai olha o livro e pensa que se calhar aquilo até lhe dá um certo jeito. Compra o livro, rasga-o ao meio, entrega metade ao rapaz e fica com a outra metade onde guardará as notas dos negócios, é que anda por aí muita ladroagem e nunca fiando, é preciso ser precavido e um livro não é um sítio onde as pessoas procurem coisas importantes.

Um pouco desiludido, mas mais confortado o rapaz anseia pela noite, altura onde à luz de uma vela ou da lareira poderá finalmente ler este pedaço de livro.
Naquela noite o rapaz lê pela primeira vez o pedaço de livro que lhe coube: Este pedaço de livro está dividido em capítulos que começam com uns nomes de pessoas, mas depois há uma parte que começa assim: Novo Testamento.
E foi assim que um dos fundadores da Igreja do Bebdouro descobriu a palavra de Deus.
Pintura: Ward Lynd

sexta-feira, julho 13, 2007

Graça versus Lei


O conversado ofereceu-me em DVD versão concerto, o melhor musical do mundo: Os miseráveis.
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Vio-o há uns 10 anos em Londres, naquele que foi o melhor espectáculo da minha vida.
Durantes estes 10 anos ouvi e re-ouvi os CDs que comprei, mas ver é diferente...
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Assim nos últimos dias lá revolve o DVD no leitor e eu ouço e ouço todo o musical a fio e cantarolo along já que sei a letras de cor...
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Há coisas fantásticas, não há?...
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quinta-feira, julho 12, 2007

Ratzinger versus Benetton

Queremos ficar Orgulhosamente sós!!!
A esta atitude do Cardeal Levada, o actual Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé respondo eu aqui: http://trentonalingua.blogspot.com/

quarta-feira, julho 11, 2007


Hoje vi a esperança
E vi-a frágil e cansada,
Triste e solitária.
Procurava um lar para passar a noite
E não o encontrava.

Ninguém parecia dela necessitar,
Para poder olhar mais longe do que o dia presente.
Ninguém parecia querê-la,
Para desenhar um caminho em direcção ao dia seguinte.

Será que não há lugar para a esperança?
Será que não há quem a receba?

Não quero que apanhe frio, a esperança.
Não quero que adoeça,
Não quero que se debelite, que tropece.

Não me queres dar uma mão?
Vem, vamos embalar a esperança,
Vamos mimá-la para que cresça
Vamos arrulhá-la numa melodia
De mil vozes distintas para que sinta.
Vamos dar-lhe um pouco de amor
E um pouco de fé para que viva.
Vamos j
untos,
Não a deixemos morrer.
Gerardo Obermann

Will you know my name, if I see you in eaven?

Uma das minhas meninas da escola dominical morreu. A morte é a verdade total. Face a ela todo o trivial se apaga e fica apenas o essencial: o amor e a saudade.

É cruel a morte de alguém mais novo. Eras uma das minhas meninas Celina e dói muito saber que te perdi. Queria escrever algo sobre ti, mas acho que a tua melhor amiga já escreveu no HI5, tudo o que havia a escrever. A Raquel (a menina da esquerda) escreve sobre a amiga a quem ela chamava: "irmã gémea".

04.07.07

"em menos de uma semana a nossa amiga celina foi para o hospital onde deram a esperanxa de ter uma vida melhor substituindo o figado dela por um bom... a operaxao nao resultou e fixeram uma nova hoje quarta feira dia 04.07.07...neste momento ela esta inconsciente onde nao a podemos visitar... ela precisa da nossa forxa e fe...

falar de ti neste momento... e' falar de alguem k morro de medo de perder... falar de alguem k esta smp a rir, mesmo kom a vida k tem... Sera alegria ou ingenuidade??? minha mana gemea que eu tanto protejo, que eu tanto amo, que e' tanto de mim. tantas x te protegi, tantas vexes suportei eu o teu medo e tantas vexes fixes.t tu ixu por mim... agora tax tu ai fragil como nunca e eu deste lado do vidro sem te poder proteger e confortar.t com a minha prexenxa ao teu lado.. o que e' suposto eu dixer??? eu nao sei apenas sei k vou continuar aki a espera de um sinal teu!!!!

nao sei... nao recebo nada desse ladu do vidro que me conforte, nem k me tire o chao... simplesmente nada, um vazio... nao sei o k pensar , o k faxer o , o k sentir... nada... apenas medu de acordar e ja nao te ver do outro lado do espelho

06.07.07
"hoje e' um dia em que nao vejo o sol, nao veijo cor, nao ouxo os passarinhos a catar... a celina morreu!! a celina era uma miuda espetacular, tava sempre a rir e na brincadeira nunca se keixava axava ixu uma perda de tempo.” agora e defenitivo... tudo acontexeu... tu nao tax mais ca, sinto a tua prexenxa mas o teu corpo sem vida dix.m o contrario.. tantas coisas te dixe e ms axim tantas fikaram por dixer... olho a minha volta e nao vejo cor, nao vejo lux apenas vejo um mundo em escalas de cinxento escuro por nao ter mais o teu sorriso e a tua alegria de viver...

tantos planos tinhamos juntas, tantas historias para contar... mas tudo nao passou dixu... planos.

há menos de uma semana vies.t dormir a minha casa ... e agr?? tax onde?? gostava de te sentir ao meu ladu mas o facto de eu nao conseguir t.m a deixar louca... falta.m ekilibrio porque nao te tenhu aki, nao tenhu a minha outra metade, nao tenhu a minha irma gemea... sem chaos, sem ikilibrio, sem cor, sem luz, corro e gritu o teu nome nao sei onde nem como para kem alguem me ouxa e te traga ate mim. num corredor passo por um espelho paro volto atras e olho.m nele e ao ver k tu nao tas do outro lado do espelho eu morro tambem contigo

Às vezes penso que Deus envia anjos para nos ensinar a viver a viver a sério. A Celina ensinou-me a lutar contra as más probabilidades, a sorrir face ao desaire, a lutar contra a morte. Como todos os anjos voltou para junto de Deus. A última vez que te vi dei-te um abraço de até breve... não sei porque é que julgo que um abraço de despedida tornaria mais suportável a separação...

segunda-feira, julho 09, 2007


De volta de um piquenique com os adolescente e crianças da Igreja,vou levar uma menina a casa. Ela dá-me indicações para chegar a casa dela e diz feliz:
"Olha a minha casa é aquela ali ao pé do choupo!"
Ah... pois... ao pé de um choupo - penso, enquanto olho furiosamente a paisagem tentando descortinar o tal choupo.
"Do choupo?"
"Sim aquele choupo ali ao pé do caixote do lixo."
"Ah!... Tou a ver!"

A minha mente citadina compreende claramente o que é um caixote do lixo. E chegamos direitinhas a casa dela.

quinta-feira, julho 05, 2007

Afastada do blogsurfing não tenho procurado blogs. O tempo escasseia para desfolhar as páginas e tentar encontrar aquele blog que se torne no blog inicial. Mas hoje encontrei um blog de poesia. Lindo como só a poesia pode ser.

segunda-feira, julho 02, 2007

Não deixe de ler.


Diário de um Skin
Adolescentes que odeiam. Que buscam o conforto de um clã. Que precisam da adrenalina da manada. Encantam-se com a magia do paganismo. São aliciados para grandes sonhos de poder e dignidade. Fiéis, manipuláveis, companheiros. Os skins são braço armado. São aqueles que vestem e respiram o odio que de modo intencional e sistemático, os pusilânimes ideólogos do Nacional Socialismo, lhes tatuam nos corpos.