Hoje é Natal

Leitura: Lc. 2, 1-20
Perguntemos à mulher de Samaria onde nasceu Jesus. E ela nos dirá: Junto ao poço de Jacob quando o Senhor me falou da fonte de águas vivas.
Perguntemos a Pedro onde nasceu Jesus, e ele nos responderá: - Jesus nasceu no pátio de Caifás, na noite em que o galo cantou e eu percebi no seu olhar, que por pior que fosse o meu pecado, a sua misericórdia seria sempre maior.
Perguntemos a Tomé onde nasceu Jesus. Ele nos responderá: Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que tocando nas suas mãos e lado, eu compreendi que a morte não tinha poder sobre o Filho de Deus.
Perguntemo-nos: Onde é que Jesus nasceu para mim? Onde é que eu farei Jesus nascer para o meu semelhante?

Ore pela sua família e amigos, pelos sofrem, ore para que a luz do Natal os ilumine.
Que este novo ano que começa, seja um ano de entrega.
Use os seus recursos económicos, use o seu tempo, use o seu olhar para ser luz de vida entre os homens.

4º Domingo de Advento - A Paz

Oremos:
Ao acender a 4ª luz, concede-nos Senhor a alegria de sermos também nós uma luz que ilumine os demais: Luz que denuncia a injustiça, Luz que conduz ao arrependimento, Luz que constrói a paz.

No meio de todas as lutas da nossa vida diária, Deus vem até nós e dá-nos tranquilidade e Paz. A Paz não é a ausência do conflito, mas a certeza de que se está a fazer a justiça.
A paz é a luz que permite olharmo-nos uns aos outros com amor. A paz é a força que ilumina o caminho do bem.

No meio das trevas do mundo acende-se uma luz. No meio do deserto, ressoa a voz de João Baptista que a todos anuncia que o Senhor se aproxima do seu povo.

Preparemos o caminho. Enfeitemos o nosso coração com alegria. Estejamos atentos à voz do Baptista, que continua pregando a mudança de coração.

Cântico de Advento ou de Natal. Oração e Abraço da Paz .
Ore perdoando a quem o magoou ou feriu profundamente.
Ore pela paz no seu coração
Lc. 1, 39-42

Pintura: Frank Wesley, Black Madona

O Sinal

Eles olhavam o céu.Observavam os astros. Noite após noite olhando o céu, tentavam descobrir este mistério da natureza. Uns homens olhavam o céu pacientemente, e pouco a pouco - ou quem sabe de uma noite para outra - descobriram algo diferente: Uma estrela que brilhava mais forte. Mais persistente.

Uns homens - não sabemos como eram - Sabemos apenas que olharam o céu e descobriram uma estrela. Estes homens, aceitando o sinal, partiram de suas terras, esperando encontrar a promessa.
Homens buscando respostas, magos seguindo uma estrela.

Há sinais que brilham à nossa volta.
Há uma consciência que grita na nossa mente.Persistente, insistente, fortemente uma voz nos diz: Levanta-te, prepara-te, sai, há uma jornada que tem que ser feita. Olha à tua volta, não ouves o grito dos homens?
Homens viram uma estrela. Magos seguiram o sinal - Propósito, Decisão, Acção.

Os Magos são capazes de reconhecer a estrela, são capazes de se pôr a caminho. Confiam na estrela, não desistem quando deixam de a ver - Procuram, perguntam, insistem.
Os Magos deixam-se guiar. Não são eles que escolhem o caminho, os Magos confiam e seguem a estrela, pouco se importando com a distância ou as consequências.
O essencial é encontrar o Menino Salvador - Objectivo, Determinação, Convicção.

E depois de o encontraram, voltaram por outro caminho.
O caminho de regresso nunca é o mesmo caminho, na verdade na vida nunca há um caminho de regresso. Só há um caminho em frente. Ninguém volta ao passado, voltamos sempre ao futuro. Voltamos pelo caminho que nos guia, que nos transforma, que nos faz pessoas diferentes. Homens receberam um sinal, Magos encontraram o Rei.

Vamos até Belém, sabendo que procuramos algo que mude quem somos, ou como vivemos.
Vamos até Belém, sabendo que jamais regressaremos iguais.
Vamos até Belém, aceitando o sinal, aceitando mudar, aceitando que Deus nos torne em algo diferente.

Anúncio a Maria

E um mensageiro de Deus apareceu a uma jovem
que já tinha muitos compromissos e lhe disse:
O nosso Deus está contigo e te oferece uma oportunidade fantástica.

A mulher confusa e perturbada, pensou o que seria aquilo. O mensageiro acalmou-a e disse-lhe que Deus a tinha escolhido para uma missão radical de acolhimento e sustentação.
"Deves acolher vida, tens que escolher seguir esta visão de entrega e serviço."

A mulher pensou como seria aquilo possível, a sua vida já estava planeada, já tinha feito as escolhas...

Mas o mensageiro desafiou-a: "Há uma mensagem de esperança, justiça e paz que vem. No tua vida deverás acolher um menino que será Deus presente no meio dos homens. este menino crescerá e será o salvador da humanidade, ele transformará o mundo. Acredita, aceita, sê semente de vida."
"Como é que pode isso acontecer, sou uma simples criatura humana!"
"O Espírito de Deus virá sobre ti, e o poder do Deus altíssimo te cobrirás como a sua sombra, por isso o menino que de ti vai nascer será chamado Filho de Deus."

PINTURA: Anunciation, Arcabas.

do Mestre

"Quem sou eu?
Dizem-me muitas vezes que saio da minha cela
Sereno, risonho e forte,
Como um nobre no seu palácio.

Quem sou eu? Dizem-me muitas vezes
Que falo com os carcereiros
Livre, amistosa e francamente,
Como se fosse eu a mandar.

Quem sou eu? Dizem-me também
Que suporto os dias de infortúnio
Com indiferença, sorriso e orgulho,
Como alguém acostumado a vencer.

Sou realmente aquilo que os outros dizem de mim?
Ou serei apenas aquilo que eu mesmo sei de mim?
Intranquilo, ansioso, enfermo, qual pássaro enjaulado,
Aspirando com dificuldade a vida, como que estrangulado?
Sedento de cores, de flores, do canto das aves?
Sedento de boas palavras e da proximidade humana?
Tremendo de cólera diante da arbitrariedade e dos mais pequenos agravos,
Agitado por esperar grandes coisas?
Impotente e temeroso pelos amigos que estão infinitamente distantes,
Cansado e vazio para orar, pensar e acreditar,
Esgotado e disposto a despedir-me já de tudo.

Quem sou eu? Este ou aquele?
Serei este hoje? E aquele amanhã?
Serei os dois ao mesmo tempo? Um hipócrita diante dos homens,
E diante de mim mesmo um desprezível e um débil queixoso?
Ou será que o que em mim resta é semelhante a um exército abatido
Que se retira desordenado diante da vitória que lhe foi arrebatada?
Quem sou eu? As perguntas solitárias fazem troça de mim.
Seja eu quem seja, Tu me conheces Senhor, Sou teu.
Oh. Deus!”

Em "Um amor assim tão grande" D. Bonhoeffer

Storm at Sea, Brahma Art Studio

O lado lunar

Quando decidi seguir o pastorado nunca me tinha ocorrido a questão da maldade e de como um pastor tem que por dever, conviver e não se afastar das pessoas que em outras circunstância nunca privaríamos de perto.

Há pessoas construtivas e pessoas destrutivas. Há pessoas que postas juntas constroem e pessoas que juntas destroem. Nem estou a dizer que eu sou construtiva e boa e que outras pessoas são o oposto, mas sei que há pessoas ao pé das quais perco o meu sentido construtivo e me ressinto das suas intenções, que não vou adjectivar, mas que a mim me provocam necessidade de afastamento. Mas não posso. É meu dever, (é essa a missão respondeu-me a minha melhor amiga), mas sinto-me tolhida. A liberdade de escolha, a liberdade de juntar grupos de trabalho onde me sinto melhor é um luxo que eu não posso eleger.

Conviver de muito perto com o lado lunar humano é algo que eu não tinha meditado e me está a afectar. Nos empregos seculares afastamo-nos. Nas relações familiares contornamos. Os amigos são escolha livre. No pastorado "we take them as they come". É suposto ser pastor de todos e não dos que escolhemos.

Peer Pressure

Domingo de Cantata, muita gente, muita música e um lanchinho.
No fim, já a arrumar tudo, vejo os últimos ocupantes da sala: 3 pastores e o conversado debatem animadamente sobre protestantismo, a igreja, a fé (tudo coisas importantes). Onde estavam as mulheres de dois dos pastores e eu? Claro... na cozinha a lavar e limpar as chaveninhas, pirezinhos e afins do chá...

Ai... até o conversado senhores... até o conversado... Ele é fantástico (sim eu li o post anterior), mas em matilha... em matilha até os melhores homens se corrompem...

3º Domingo de Advento - O Amor

Acendem-se três velas na coroa de Advento

Este tempo de Advento vem-nos falar do amor de Deus para com toda a criação. Quando Deus criou todas as coisas, viu que eram boas e amou tudo o que criou. Por esse amor, Deus enviou profetas e profetizas: homens e mulheres que anunciavam a justiça e a dignidade de cada ser humano, especialmente dos mais frágeis: os órfãos, as viúvas, os estrangeiros, os pobres.

E Deus olhando os homens e vendo como andavam perdidos, sem rumo ou direcção, e querendo sentir-se mais próximo, viu que necessitavam de uma última expressão do seu amor: O próprio Deus feito homem, vivendo como um de nós: sentindo, chorando, sorrindo como qualquer um de nós.

À medida que nos vamos aproximando da celebração do Natal, aceitamos o amor de Deus, amor que é para com toda a criação. Espelhemos este amor. Tal como Deus nos amou, amemo-nos uns aos outros. Que neste Advento façamos um compromisso de mostrar o nosso coração àqueles que nos rodeiam.

Leitura: Lc 3, 10-17
Cântico e Oração. Abraço da Paz.
Descubra um gesto de amor que pode fazer a alguém.

Nem me posso queixar...(!)

No cabeleireiro

Uma rapariga visivelmente grávida entre e senta-se. Percebo pela conversa que ela tem que acabar a gravidez em repouso. Fala-se de uns cortinados que teriam de ser lavados e o marido (da tal grávida que tem que estar em repouso) até tirou os cortinados dos varões, até, sem se chatear, lhe tira as passadeiras do chão para ela varrer, (o mais possível em repouso teria dito o médico), e que até é capaz de lavar a louça! UAU! "Nem me posso queixar diz ela!" E percebo que ser um bom marido para uma portuguesa não significa que o homem é fantástico, ou que realmente faz tarefas domésticas (regularmente sem ser num caso de vida ou de morte), um bom marido é aquele que até é capaz de... nem se chateia se de vez em quanto tiver que... que um bom marido é alguém de quem: Nem nos podemos queixar...

Foi Natal

Há duas semanas escrevi aqui um apelo pedindo roupa para duas meninas em situação difícil na comunidade da Cova Gala (Figueira da Foz). Da Comunidade De Portomar (Mira) leram o post e decidiram criar a Missão Estrela.

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Este domingo toda a comunidade de Portomar apareceu no fim do culto com prendas: um aquecimento, roupa, lençóis, cobertores, brinquedos, material escolar, comida... As meninas ficaram esfusiantes! Nem queriam acreditar! Os olhos brilhavam, saltavam sem conseguir ficar quietas! O Natal tinha chegado mais cedo! A avó das meninas chorava e nem sabia como agradecer. O ambiente era lindo: gente que nunca se tinha visto na vida, chorava abraçada. As duas comunidades uniram-se chorando a alegria da generosidade.

As fotos 1 e 2 são da Ana e da Tatiana, a 3 são de pessoas da comunidade de Portomar com as prendas, e a 4 são as meninas com as duas anciãs de Portomar, que não quiseram faltar!

Segunda-Feira

O CARRO foi para a oficina pela enésima vez. E aqui em cima ter o carro na oficina significa pedir boleia, pedir carro emprestado: depender de amigos, porque entre a Figueira e Lemede, não há transporte.

EM 4 MESES este foi o terceiro funeral. Os senhores da funerária já não me estranham, e alguns sorrisos de reconhecimento fazem-me sentir acolhida. As pessoas comentam "lindo funeral" numa adjectivação muito estranha para a cerimónia que é. Uma senhora até diz candidamente: "Espero ouvi-la mais vezes"

DE VOLTA à Figueira fico de tarde a decorar a igreja para o Natal e a preparar as coisas para o Bazar, numa mistura de sentimentos e realidades. Volto de boleia para Lemede. À noite aterro no sofá mas telefonando a uma senhora que vive sozinha, percebo que talvez tenha de voltar à Figueira - e de boleia - para a levar às urgências pois ela não tem ninguém. O sentimento de cansaço invade-me e tropeço entre os sentimentos de serviço e de "não quero mexer-me para mais nada!" Felizmente com uma chamada feita a uma médica por uma amiga da senhora, o problema resolve-se e eu posso ir dormir...

Domingos

PREGAÇÃO

Aos domingos de 3 cultos, acordo sempre por volta das 6h - porque, por alguma razão eu sou incapaz de terminar a pregação à sexta-feira. Freud explicaria certamente, mas eu não consigo perceber porque antes de domingo de manhã todas as pregações parecem incompletas... não creio que estas horas matinais de domingo façam uma diferença tão qualitativa assim... mas já sei que qualquer pregação terminada a tempo e horas passa por sucessivos upgrades (julgo eu) e que é rescrita até à exaustão de domingo de manhã.

A pregação é um bicho estranho que se entranha e nos suga energia. Efémera, singular, feita de palavras que desaparecem tarde de domingo fora. Todos sabemos que no domingo seguinte poucas ovelhinhas se lembrarão das palavras da semana anterior, mas sinto-me compelida a encontrar algo de novo, a arrancar do texto uma ideia que nunca tinha percebido, a chegar a alguma conclusão nunca atingida.

Não importa se tenho ensaios, reuniões, liturgia, o que pesa no meu domingo é a pregação. O que me angustia é aquele texto de mil e tantas palavras que tenho que escrever, que olho e reolho, e me parece cheio de lugares comuns e atarracado frente ao fôlego do evangelho.

ESTE DOMINGO

A CANTATA está a chegar! Este domingo tivemos o 1º e único ensaio de conjunto das 3 comunidades. Foi interessante ver pessoas que nunca se tinham visto na vida, juntarem-se e perceberem que cantavam bem em conjunto. Havia sorrisos perante os erros comuns e sentimento de pertença.

3 CULTOS e um ensaio geral (preparar sala e instrumentos, chazinho e dar boleia de ida e volta aos cantores sem carro) e a meio do domingo recebo a chamada que me informa que terei um funeral na segunda... algures entre voltar para casa à noite e a segunda-feira terei de preparar um funeral: liturgia, pregação, elaborar e fotocopiar as folhinhas dos coros e dos textos a serem lidos por todos...

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O CONVERSADO sabe música, o que embora entre dentro do estafado cliché de conjuge-de-pastor-organista-dirigente-de-coro dá MUITO jeito! Depois ele tem bom feitio, calma e paciência e toca muitas coisas. É engraçado o contraste: eu sempre stressada, a emprovisar e a mil à hora e ele sempre com o sorriso, a paciência e o know-how de achar que é preferível tocar o que está na música.

2º Domingo de Advento - A Fé

Na sua coroa de Advento acenda duas velas.

Cantamos a paz, mas não a sabemos construir, desejamos a felicidade, mas parece que cada vez é mais difícil ser feliz. Compramos presentes mas o que realmente necessitamos é de ternura e afecto.

Cantamos a um menino-Deus, mas nos nossos corações a fé apaga-se. A cada Natal parece que Belém se afasta dos nossos olhos e ficamos sozinhos no universo: homens e mulheres sem Deus, sem esperar nada que não seja a sobrevivência diária.

no entanto, as luzes das ruas, a cor dos presentes, a festa da família não conseguem competir com a história milenar de uma estrebaria e de um menino que nasceu por amor.

Que este Advento seja para cada um de nós, uma aventura de fé. Recordemos a força de acreditar num futuro de bem. Busquemos a alegria do despojamento, a certeza de uma missão.

Procurando a fé, descobrimos que Deus é o nosso destino final. Aproximemo-nos de Deus como quem se aproxima de um bebé: Suave, confiadamente, olhando-o de frente, esperando resposta, procurando o surpreendente.

Leitura: Lc 3, 1-6
Cântico e Oração. Abraço de paz.
Escreva a alguém com quem não comunica há muito tempo.

Pintura: Anunciação, Basios Poulos

A comunidade Da Cova Gala é composta de pessoas humildes. Ontem enquanto esperávamos pela chave do portão da igreja, conversávamos na rua, uma das senhoras toda bonita pois tinha vindo do cabeleireiro, muito divertida comentava: "Há cães com melhor vida do que nós, olhem, eu vou ao cabeleireiro de 2 em 2 meses, a cadelita da minha patroa vai de 15 em 15 dias! Eheheh."

Micas

... e numa entrevista da SIC à pupila do Sr. Dr. descobrimos que o Sr. Dr. era pobre e que na realidade todos eram pobres naquele palacete. O Sr. Dr. era pobre, a governanta era pobre, as 3 criadas eram pobres, até o choffer e o jardineiro eram pobres. É que o ordenado de presidente de conselho era muito "piqueno" comenta da pupila...

Férias 2 (ou: sim é verdade... também há coisas más em Lisboa)

Começou a época do Espírito Natalício da Polícia Municipal Lisboeta.
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Não há carrinho que escape ao bloqueio, sejam em ruas onde não atrapalham e onde desde sempre se conseguia o tal espacinho para estacionar o carro, nos bairros onde literalmente não há espaço para estacionar e se aproveita o que há, (não estou a falar de sítios onde o estacionamento exequível, impossibilita as pessoas com deficiência de atravessar ou andar), antes ou depois das horas normais de multas e bloqueios... lá andam os moçoilos afoitos a bloquear e multar. Ho! Ho! Ho!
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Quem sabe o município falido poderia criar uma espécie de cartão: Multas de Sete Colinas ou Lisboa Viva e Bloqueada, uma espécie de cartão cliente para este tempo de Natal.

Missão Estrela

A comunidade de Portomar é uma comunidade grande. Não tem mais de 15/20 pessoas, e ainda não tem templo, mas tem o coração grande. Quando leram o meu apelo sobre as meninas da Cova Gala decidiram criar a Missão Estrela, estava eu já em férias e ligaram-me a dizer que já tinham comprado camisolas quentinhas, lençóis, cobertores, aquecimento e ainda estavam a recolher material escolar e roupa. Este Advento a comunidade de Portomar, seguiu a estrela e vai fazer acontecer Natal na vida da Ana e da Tatiana.

Férias 1

10 dias de muita actividade, mas actividade diferente. Descanso é algo subjectivo. Lisboa está linda com luzes e o frio entrecortado com fumo de castanhas.

Dia no IKEA

Em busca de móveis de cozinha passo umas horas no computador a "desenhar" uma cozinha.

À saída, já no elevador, vejo uma família castiça a tentar entrar no dito. Cá dentro ninguém se move, afincadamente defendem o forte momentâneo. Os castiços: avô de fato de treino e boné, avó de panamá e seda, a filha apinocada e a neta - a tentar passar despercebida, conseguem empurrar o carro para dentro do elevador, ficando coladinhos à entrada do elevador o que faz com que a porta do elevador comece a fechar mas se abra outra vez.

"Não mexa o carro porque senão bate-me na perna!" - diz uma snob que se desse um passinho para trás ainda caberiam mais duas pessoas. O velhote lá sorri e empurra mais um bocadinho estilo isto com jeito vai e comentando: "Com boa vontade cabemos todos!eheheh!" Olha à volta procurando aceitação, todos desviam o olhar, apenas a mulher acena que sim e mexe o braço o que faz com que a porta do elevador mais uma vez não feche.

"Atão? Isto não anda?" Perguntam do outro canto. A porta começa a fechar.
A avó maravilhada puxa o braço da filha e aponta para decoração ainda à vista e a porta volta abrir! "Há pessoas que têm mais que fazer do que estar aqui no elevador!" Ouve-se no elevador apinhado.

A avó ainda maravilhada compõe o panamá e a porta volta a não fechar.
"Páre de mexer os braços!" Diz uma senhora já enfadada.

"Pois é melhor que se comportem, ou então vou pô-los a um lar da misericórdia!" Comenta a filha tentando ganhar o elevador, mas com óbvia vaidade nos progenitores ... Orgulhoso o velhote abraça a filha pelos ombros e ri da chalaça, e mais uma vez a porta do elevador não fecha... Nesta altura pode-se sentir o grunhir do elevador em peso.

A adolescente irritada explica: "Não mexam os braços porque quando se mexem a porta do elevador não fecha!" "Ah!...." - vê-se na expressão dos séniores. E a avó, em reacção expontânea, levanta o braço para confirmar a afirmação e... A PORTA DO ELEVADOR VOLTA A ABRIR.

Divertida eu sabia que estava a viver um blog-material-moment, mas as pessoas fumegavam... "O melhor era saírem e apanharem o próximo elevador" Exclama a senhora ao meu lado.

"Ó filha, não mexas os braços!" Diz o velhote para a esposa e o elevador sustém a respiração durante todo o tempo que a porta leva a fechar-se... uff... e lá descemos um andar. À saída a família seguia feliz e os restantes ocupantes do elevador viviam um reconfortante momento de identificação revirando os olhos...

Assim vão as glórias do mundo...

Quando um homem dá opiniões é original, quando uma mulher dá opiniões é arrogante.

Quando um homem defende o seu ponto de vista é firme, quando uma mulher defende o seu ponto de vista é inflexível.

Quando um homem defende uma causa com paixão é um líder. Quando uma mulher defende uma causa com paixão é mal educada.

1º Domingo de Advento

A Esperança...

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dAcende-se a 1ª vela

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A - Acendamos esta luz, como quem acende a luz da escada ou da entrada, para abrir a porta e ir ao encontro do amigo que vem.

B - Na 1ª semana de Advento, queremo-nos levantar para receber o Senhor com alegria. Há muitas sombras que nos envolvem, muitas vozes que nos adormecem, mas queremos estar despertos e vigilantes. Vivamos este tempo em esperança.

A - Na esperança do nascimento de Cristo em cada um de nós, pois sabemos que Ele é o enviado de Deus para estabelecer a justiça, a todos os que estão em necessidade. Ele fará nascer um novo dia para todo o povo de Deus.

B - Esperemos o dia do nascimento de Jesus, o dia em que dentro de nós, se acenderá uma luz de bondade, perdão e esperança.

Oremos: Vem Senhor, traz contigo: a luz mais clara, a paz mais profunda, a alegria mais verdadeira. Vem Senhor Jesus, pois esperamos a melodia do perdão, a força da misericórdia, a eternidade da certeza.

Leitura do texto: Isaías 60, 1-3.

Cântico e Oração. Abrace a sua família. Telefone a alguém que está só.

Advento

Advento significa esperar o que está para vir e desejar o que vai acontecer. Advento é promessa, anúncio, preparação; é a expectativa da vinda do Messias. Advento é a esperança de que Deus virá e habitará connosco. Ansiamos pela libertação, por um novo início, por uma vida radicalmente nova.

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Advento é um tempo de preparação para acolhermos o Senhor que vem. Advento é o tempo litúrgico que nos incita à preparação para viver e sentir o Natal. São quatro semanas de preparação e reflexão.

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Um símbolo que pode ajudar nas nossas Liturgias do Advento é a coroa do advento. Ela é feita de um círculo de ramos verdes que simbolizam a natureza infinita do amor de Deus para com todos os povos. Quatro velas são colocadas no círculo e acesas, uma em cada domingo do Advento, e uma no centro que será acesa no dia de Natal.

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Este mês escreverei aqui uma “caminhada” de vivência do Advento para celebrar o maior dos acontecimentos: Jesus nasceu para dar Vida aos homens.

Para cada domingo encontrará uma pequena liturgia para celebrar em sua casa.