Faltam 2 semanas

e na tal excursão para a qual me tive que levantar às 5h30 da manhã...

Fomos a São Bento da Porta Aberta... curiosos nome já que esta porta aberta era apenas para alguns, este local de peregrinação tinha um bem visível placar onde se anunciava: Proibido a mendicidade! Claro: venham todos vós que estais cansados e oprimidos (com os cestos de piqueniques e o garrafãozinho) e que possam contribuir um pouco para a manutenção deste sítio, os pobres pois que vão para outro lado que uma igreja não é sítio para andar a estender a mão à caridade...

Amanhã às 5h30 da manhã...

Por causa de um carimbo fui 2 vezes a Coimbra, andei 120 Km, perdi uma tarde e 8h do dia de hoje. Tudo por causa de um carimbo da DGV.

O carro foi à inspecção, faltava um papel da 1ª vez e esse papel carimbado na 2º (ninguém se lembrou de me dizer, entre as duas tentativas, que o papel que eu tinha que ir buscar à oficina deveria ser carimbado pela DGV).
A DGV diz que eu tinha um papel verde que não devia ter, e um modelo 1 que devia de estar carimbado. A oficina diz que não sabe como é que eu tenho o papel verde (papel que eles me deram) e que devia ter o tal modelo 1 que não me deram. O centro de inspecções disse que o modelo 1 que eu tinha não tinha carimbo e por isso chumbaram-me o carro depois de 2 idas e 3 horas de espera, a DGV carimbou a custo o 2º modelo 1 depois de resmungar, e retiraram-me o papel verde como se eu pela calada da noite tivesse ido à DGV retirar o tal papel e a sra diz-me que é porque eu tenho o papel verde que não tenho o documento único. Mais carimbo, mais 2 duas horas à espera no calor sufocante de Coimbra.

Na DGV dizem-me que os da Inspecção são uns picuínhas, os da inspeção dizem que os da DGV são uns trapalhões, o da oficina diz que "aqueles gajos nunca sabem o que querem", e eu ouvi-os a todos, paguei uma re-inspeção e saí de casa às 7 da manhá e voltei às 4h. Perdi um dia de trabalho.

E agora acabo uma pregação para domingo, porque amanhã... amanhã tenho que me levantar às 5h30 para ir ao passeio da igreja. Estranho conceito este - que era o do meu avô - de que passeio que se preze tem que começar ainda sem sol.
Tive que arranjar farnel e nesto momento mentalizo-me que às 5h30 (cinco e meia da manhã) me vou levantar porque tenho que ir passear...
5h30...
5h30...
5h30...
?!

Piquenique da Região

No passádo sábado, as hostes metodistas e presbiterianas da zona centro (Aveiro / Figueira da Foz - grosso modo) juntram-se para um piquenique em conjunto. Éramos uma grande família em piquenique. Havia as avós nas cadeirinhas e de panamá, os avós de barriguinha a montar as mesas, os homens a assar as sardinhas, as mulheres a cortar a salada e a estenderem as toalhas, os jovens a verificar onde estavam os melhores cestos de piquenique e as crianças a correrem. Tudo igual a um piquenique normal familiar. Só que éramos muitos, só que estamos a aprender a ser família, só que ainda não sabemos os nomes de todos.
Viemos de templos diferentes, mas somos igreja. Vivemos em lugares distantes, mas é uma festa quando nos encontramos. Crescemos dentro de nomenclaturas diferentes, mas o sentimento de comunidade, diaconia e proclamação é o mesmo: Lutar contra o mal, fazendo o bem até que o Senhor venha.

vivo a 9 km da praia,

o dia está lindo, e cá estou eu a trabalhar num dia feriado. Aqui governa o S. João.

Ontem fiz mais um funeral, habituada aos funerais emocionais na Cova Gala, a contenção deste surpreendeu-me. Dei por mim a olhar para os familiares e a pensar se a senhora lhes dizia alguma coisa. Sim, havia um sobrinho destroçado, mas sem lágrimas ou palavras. 20 km de distância e atitudes perante a morte tão diferentes.

E um clã amigo e entusiasta respondeu assim ao nosso convite de casamento:

3 semanas

3 semanas... faltam 3 semanas...

A minha casa está de pernas para o ar. Ainda há bastantes móveis para montar. A roupa está em pilha para engomar. Tenho fins de semana cheios de actividade, 1 escola bíblica de férias para organizar, 1 mês de conferências nos EUA para alinhavar, 1 artigo para editar em livro sobre o Reino de Deus, 1 trabalho sobre história da Igreja, para além do trabalho regular. Ainda tenho que ir uma vez a Lisboa. E tanta tanta coisa do casamento para decidir, fazer, contactar e estar.

Notícias milagrosas: Passei no exame de hebraico! Esse já está.

Melhores notícias ainda? Vou casar daqui a 3 semanas e com o melhor nubente do mundo!!!

Notícias do coração? Tantos, tantos queridos amigos, alguns que já não vejo há tempo demais vêm celebrar esse dia comigo.

Lutando contra o mal e fazendo o bem até que o Senhor venha

E uma querida colega hoje de manhã partilhou comigo uma frase que está colada no seu computador e eu vou "colá-la aqui":

"Perante tal cenário, onde julgamos ouvir os cascos dos cavaleiros do Apocalipse, o homem / a mulher tem, unicamente, dois caminhos: o da desistência, desolada e impotente, chorando o seu destino, ou o da luta, sabendo que só ela pode transformar as trevas em luz."

E depois deu-me a imagem da ervinha frágil e pequena que não se deixa asfixiar nem desiste e que luta para furar o alcatrão.

Briefing

JOB
E a coisa que mais detesto quando visito paroquianos são os cães a ladrarem-me aos calcanhares, a lamberem-me os dedos que se encolhem nas sandálias e a morderem-me as calças enquanto os donos orgulhosos dizem: "Olhe como eles gostam de brincar! Engraçaram com a pastora, heim!" - sim eram dois cães, um de cada lado a ladrarem e a agarrarem-me as calças. Fui mordida por um cão há uns 20 anos e embora goste de cães a ideia de ter um rafeiro a cada portão a ladrar dá-me medo.

TIQUE-TAQUE
Parafusos, parafusos, tábuas que se transformam lentamente em móveis, pó... muito pó... O tempo que corre - falta menos de um mês - Dobradiças que não vieram e só podem ser as do IKEA, mais uma semana ou duas sem portas nos armários... A WORTEN que faz uma confusão abissal com a lista de prendas. Uma coisinha ali outra coisinha aqui.
O prometido abdicou do europeu.

LOCATION
E neste bloqueio das estradas as cooperativas de leite aqui da zona não tiveram problemas, os motoristas calejados viajavam por meio das vinhas e milheirais e daqui até ao Alentejo faziam a viagem às escondidas dos piquetes a corta-mato pelos campos.

CASA NOVA, VIDA DESENCONTRADA
Caixas, caixas, caixas. A minha vida empacotada em caixas de papelão que, de certo, um duende move do sítio todas as noites. Impossível encontrar seja o que for.

MEO CULPA
Como mudava de morada telefonei logo nos primeiros dias de Maio para a PT para dar início ao processo que já antevia longo. 15 dias disseram-me.
A PT fiel a si própria cumpriu as minhas expectativas. Estou há uma semana na casa nova sem net e sem telefone.

IKEA
Tenho metada dos meus móveis ainda em casulos, prontos a se tornarem borboletas, mas para isso preciso da legião das chaves de fendas e das maquinetas de aparafusar. Amigos, ovelhinhas simpáticas eis que há mais tábuas para aparafusar...

CASA NOVA
É estranho um novo espaço a que é suposto chamarmos nosso. Tudo parece estranho. Mas é suposto chamarmos lar a estas paredes que ainda não me dizem nada.

EMPREGO
O prometido andou de porta em porta - melhor de portão em portão - a entregar currículos. A situação é complicada. Os portões estão ainda fechados.