quarta-feira, janeiro 31, 2007

Fui a umas conferências à Figueira da Foz.
Dei uma volta pelo Jumbo e vi livros em promoção. Numa pilha de livros estava um livro do Dr. Phil (um psicólogo americano bastante conservador que tem um programa na SIC mulher). Acho alguma piada ao Dr. Phil e gosto da sua preocupação pela família. Um pequeno cartaz por baixo da pilha de livros dizia: "O maior psicólogo do mundo! 12,60€".
Como desde que vim de Espanha ainda não tinha comprado um livro light para ler só por ler, peguei nele e dirigi-me para a caixa. Lá a menina disse-me que eram 14,80€. Fiz notar que havia um papel debaixo do livro que dizia 12,60€, foram chamar uma outra menina que viu o papel e chamou outra menina. Esta última lá pegou no papel olhou para o livro e foi até uma outra prateleira lá do fundo donde sacou um livro que dizia: "O maior psicólogo do mundo!" Pois que aquele é que era o livro a 12,60€.
Eu fiz-lhe notar que o papelusco estava por baixo deste livro, escrito também por um psicólogo que a SIC anunciava como "uma das 10 maiores personalidades do século 20" e que muitos diziam que era o maior psicólogo do mundo. A menina olha para mim com uma certa sobranceriazinha e diz-me: "o maior psicólogo...agora!" sem perceber eu digo: "hum?..."
"Sim, ele pode ser o maior psicólogo agora, mas este livro é sobre Jesus, o maior psicólogo desde há 20 séculos e que o será para sempre...." e olha-me com ar crítico de quem acha que é um desperdício de dinheiro comprar livros de psicologia...
Olho para ela e sorrio achando piada e pensando: keep on preaching it, sister! haleluia! é claro que eu ao olhar para um cartaz que está por baixo de um livro escrito por um psicólogo e diz: "o maior psicólogo do mundo", só podia pensar que o Jumbo estava a falar de Jesus e não do psicólogo que tinha escrito o livro que estava por cima do dito cartaz... sorry sister... shame on me... And I call myself a christian... tsss, tsss...

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Caminharei

Caminharei, caminharei
Pela tua estrada Senhor.
Dá-me tua mão que eu quero ficar
P´ra sempre junto de ti.

Brrrr, Brrr... O frio atacou aqui a região. Os três edredons não conseguiam vencer o estado gelado do quarto. Peguei nos edredons, desdobrei uma das cambalhotas da sala e acampei perto da lareira... Bundiara, bundiara, vou dormir quentinha.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Assumidamente mulher

Celebração Ecuménica em Portomar
Os acólitos e leitores católicos presentes lá na sacristia nem sabiam o que pensar.
Ao lado das saias do bispo, do hábito do franciscano, dos paramentos do prior e da toga do pastor,
lá estavam as calças assumidamente femininas da pastora...

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Assumidamente pós-moderna

Bits and pieces

Vivo num mundo de diversidades e quantidades.

A minha vida é como um mosaico: Influências diversas, sítios díspares, opiniões matizadas e contraditórias. Durante algum tempo achei estranho e lutei para me alinhar: escolher um lado, tentar perceber se havia o caminho certo.

Percebo agora que o meu mundo é caracterizado por plurais. Tudo é multi-qualquer-coisa, sou heterogénea, vivo em colagem, aprecio conseguir equilibrar-me em várias esferas de realidade. Ensinei americanos, ingleses e alguns europeus durante 11 anos, consigo identificar nuances culturais... Sei que piadas fazem rir os meus amigos espanhóis, que coisas não fazem sentido para as minhas tribos de Lisboa, mergulho no campo e descubro que os registos são diferentes e não os enjeito. Migrei do evangelicalismo para os reformados. Sou ecuménica separatista. Não tenho partido político, Não tenho nenhuma lealdade especial a uma tribo, raça ou cultura... Não sou uma boa patriota, não me sinto cidadã autóctone de lado nenhum... Sinto-me um camaleão, uma enorme colcha de retalhos...

Pintura: amadeo sousa cardoso

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Quando num grupo toda a gente pensa de maneira igual, as probabilidades de ninguém pensar muito, crescem.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Israel e o Islão - as centelhas de Deus

"Nunca um povo levou a um ponto tão alto e profundo a paixão religiosa: furibunda, ardente, meticulosa, capaz de subtilezas intelectuais, espantosamente argutas, ao interrogar e interpretar um texto sagrado, um rito ou uma lei. A relação com Deus, tal como a conhecem hoje cristãos e muçulmanos, é de origem quase exclusivamente hebraica. Todos passámos pela Bíblia, pelo rosto múltiplo de Yahvé, pelos Salmos, por Job, pela leitura escrupulosa dos textos sagrados, pelo sonho do Messias, pela espera do fim dos tempos. Por isso, em primeiro lugar, cristãos e muçulmanos odiaram os hebreus. Odeia-se, sobretudo, os próprios pais e os próprios semelhantes. Os judeus ensinaram aos cristãos e aos muçulmanos uma ideia: que a cidade de Deus devia ser vivida aqui e agora, com um rigor absoluto, na pureza das leis e dos ritos. Nenhuma ideia é mais trágica; nenhuma causou mais desastres na história universal." (Pietro Citati / Cotovia)

Quando se passam anos no seminário a ler para... (testes, trabalhos,apresentações) demora algum tempo a voltar a ler por... (prazer, conhecimento, curiosidade). Necessito de alguma disciplina para voltar a ler apenas por prazer... mas este é um livro que recomendo...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Porque no domingo foi o dia da entrega da menor moeda


A ideia da Fraternidade da menor moeda surgiu em 1956.
A missionária Indiana, Shanti Solomon, que viajava como parte de uma missão ecuménica de reconciliação entre as mulheres que viviam experiências de pós-guerra, foi impedida por uma questão de passaporte de poder ir evangelizar na Coreia. Ficando para trás, Shanti esperou e orou por inspiração. Ela sentiu o quanto as fronteiras dividiam os homens e o fosso económico dividia crentes de diversos países. Ao reflectir neste problema de divisão e diferença económica, Shanti percebeu que a oração transcendia fronteiras e estratos sociais e imaginou o poder que teria por todo o mundo o facto de mulheres orarem umas pelas outras ao mesmo tempo que punham de lado a mais pequena moeda do seu país, como símbolo de entrega e sinceridade. Surgiu assim a fraternidade da menor moeda: Um movimento de oração e solidariedade que pudesse unir num mesmo propósito todas as mulheres do mundo. Durante todo um ano, cada mulher podia orar pela paz, reconciliação e justiça no mundo e quando assim o fizesse juntava a menor moeda corrente no seu país. Seria a moeda da unidade num propósito de oração. Não importa qual a condição social de cada mulher, pois assim todas poderiam contribuir com algo - A menor moeda seria símbolo de igualdade e unidade.

O movimento da menor moeda realizou-se até 1970 como parte da Conferência de mulheres da Igreja Asiática e estendeu-se a todo o planeta a partir dessa data.
Este movimento da menor moeda existe há 50 anos. Cada mulher pode durante o ano orar e juntar a menor moeda do seu país e depois juntar-se com outras mulheres de um grupo ou da sua igreja e enviar o montante para a sede do Comité Internacional da F.L.C. (Fraternidade da Menor Moeda) cuja sede se encontra na cidade de Genebra, Suiça. www.pcusa.org/pcusa/horizons/hrznnodc06/flc.pdf -

sábado, janeiro 13, 2007

O evangelho sem poder prega: “Deus te quer perdoar”, mas o verdadeiro evangelho cheio de poder proclama: “Deus te remiu”.
O evangelho não só nos perdoa – o que não passaria de uma espécie de amnistia impotente para mudar a nossa realidade, mas perdoa-nos colocando-nos numa nova realidade, numa nova história, num novo mundo, ou seja, coloca-nos no Reino de Deus.” (P. T. Forsyth)
O evangelho sem poder prega: “Deus te quer perdoar”, mas o verdadeiro evangelho cheio de poder proclama: “Deus te remiu”.
O evangelho não só nos perdoa – o que não passaria de uma espécie de amnistia impotente para mudar a nossa realidade, mas perdoa-nos colocando-nos numa nova realidade, numa nova história, num novo mundo, ou seja, coloca-nos no Reino de Deus.” (P. T. Forsyth)

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Help

Preciso de jograis, poesias, peças de teatro... se alguém tem alguns ou sabe de sites com este tipo de recursos por favor informe-me.
obrigada

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Espécie em vias de extinção

Estas vão ser as semanas de preparação da semana de oração pela unidade dos cristãos, na qual faremos celebrações conjuntas com as paróquias católicas da nossa freguesia.
Ontem à tarde, eu, o meu tutor e outro colega estagiário reunimo-nos com 2 padres: um franciscano de Coimbra que pertence à Comissão Ecuménica, e o pároco local - velhote bem disposto e afável. Nessa reunião esteve também presente a irmã do padre.

Interessante figura a dessas mulheres que por causa da vocação de um irmão se desfazem da sua vida, tornando-a numa missão de serviço: cuidar da vida terrena do" senhor prior" como ela lhe chama. Preocupa-se com o seu horário, trata-lhe da casa, da roupa, ajuda-o na missa. Conhece o rebanho e fala deles chamando-lhes "o povo". Sabe que são gente simples que não querem muito palavreado "porque senão adormecem". Fala dos paroquianos dizendo "eles", pois sabe que ela não é um deles, ela é a irmã do senhor padre. Há um "nós" e "eles" bem demarcado.

Hoje estas irmãs de padres estão a desaparecer, cada pessoa tem uma vocação ou caminho, é raro escolhermos como nosso caminho o caminho dos outros... Parece que entrei num romance do século XIX, gostaria de conhecer a história desta mulher de sorriso aberto e nome doce: Maria da Saudade...

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Filha da nação..

Um blogger descreveu-me como sendo de esquerda. Fiquei a pensar porque nunca consegui arrumar-me num dos lados do espectro político. Filha ideológica do Independente de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso. Sempre votei mais à direita do que à esquerda. Votei MEC para o parlamento, votei PP, votei contra o Aborto. Votei contra a regionalização. Votei à direita para os governos e à esquerda para as presidenciais e autárquicas. Votei PS contra o PSD e votei PSD contra o PS. A minha votação sempre foi mais punitiva que ideológica. Faço parte daquela percentagem que vota zangada com as políticas implementadas e espera sempre que a renovação e alteridade políticas tragam algo de novo e melhor. No entanto o rótulo fica e não me parece mal. Sei que sou de esquerda embora não me reveja no PS, ou identifique com a sua estrutura muito rígida (pelo menos não me revia até há 4 anos, agora não sei). Acho piada à demagogia inconsequente dos bloquistas, atabafa-me os bafientos e retrógrados comunistas, embora não me assustem e até saibas que são, na sua maioria, bons autarcas. Achei ridículo as últimas presidenciais com todos os partidos de esquerda a apresentarem um candidado, numa espécie de luta de galos, que sabem que acabarão todos numa panelinha cozinhados. Sou uma cidadã sem fidelidade partidária. No entanto achei interessante que sem eu falar de política me tenham lido como de esquerda.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Borat:
Aprender Cultura da America
Para Fazer Benefício Glorioso à Nação do Cazaquistão

insultuoso, rude, obsceno, politicamente incorrecto...


diverti-me imenso.

domingo, janeiro 07, 2007

Porque hoje é domingo da Epifania do Senhor

Deixo aqui uma letra do Carlos T.
Se puderem ouçam a música está no Álbum "Acústico" do Rui Veloso.

Presépio De Lata

Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene

Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias

Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data
A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells

Agora que as luzes do Natal comercial se apagam, façamos nós - os magos que buscam o que é nascido rei dos judeus - acontecer Natal em cada um destes presépios de Lata.
Deixemos a agenda civil e respondamos ao desafio de Belém: Vimos a sua estrela e queremos ir adorá-lo...
Será que a cidade se vai alvoroçar com a nossa chegada?...

sábado, janeiro 06, 2007

Onde estava Deus no dia em que a Sara morreu?

No meio de milhentos blogs cristãos que defendem o NÂO ao aborto, não encontro NADA sobre a violência contra as crianças...
Porquê esta cruzada a favor das crianças que são mortas antes de nascer e nem uma sílaba chorando a sorte das que são mortas depois de horas, dias, meses anos de maus-tratos? Porquê dois pesos e duas medidas?
Porque se calhar é fácil ser contra o aborto. Não custa NADA. Ganha-se uma aura de santidade, acreditamos que temos estatura moral, sabemos estar a cumprir a vontade de Deus. Sepulcros caiados de branco que aparentamos que nos importamos com a vida, mas na verdade só nos importamos até ao ponto de que o facto não tem nada a ver connosco.
Ser contra o aborto significa acreditar que Deus cuida de cada criança e que ele tem um plano para ela, que cada criança sendo una criatura onde Deus sopra a alma vivente tem o direito à vida e que eu, como terceiro a quem foi destinado a tarefa de a nutrir para o mundo, não tenho o direito de por conveniência própria, aborta o seu direito à vida. Acredito em tudo isto. Mas choca-me que esta excitada cruzada militante a favor de crianças que ainda não nasceram, conviva paulatinamente com um desinteresse, descaso e indiferença assassina com que a maior parte dos evangélicos assiste impávido e sereno a este assassínio macabro.
É impossível ser CONTRA o aborto e SILENCIOSO sobre estes casos.
A Sara morreu porque a igreja não cumpre o seu papel de pastorear o mundo!
A Sara morreu porque as igrejas muito preocupadas com campanhas evangelisticas, cruzadas moralistas e lutas internas se esqueceu dos mais pequeninos de Jesus.
As Saras deste mundo são os Lázaros que vivendo paredes meias com as nossas salas de culto, igrejas centenárias e centros cristãos, são desprezados e ignorados.
A Sara morreu porque nós, entretidos que estamos, em temas gerais esquecemos que os fetos nascem e se tornam crianças. E se lutamos para que algo nasça somos responsáveis pelo seu bem-estar...
A próxima vez que se lembre de uma frase bombástica sobre o NÃO AO ABORTO, não abra a boca sem se empenhar a sério na vida destas crianças que sobram na nossa sociedade. ~
Da próxima vez que criticarmos a camarada Odete, pensemos que ela já fez mais pela probreza em Portugal que muitos de nós.
A próxima vez que concordarmos com as tias bafientas que vão à televisão afirmar-se o mais possível a favor da vida, lembremo-nos que a não ser que estejamos a cuidar de uma vida fora do nosso circulo familiar, não temos legitimidade para criticar ninguém...
Este tema tem a ver com legitimidade e não com retórica.
O que nos dá legitimidade para defendermos a vida se nós quando a Sara chorava pela última vez não estávamos lá para a salvar?
Deus está diáriamente junto de nós dizendo: Escuta! Olha! Vê! Vai! Actúa!!!
Nós não escutámos e a Sara morreu?
A Igreja foi enviada a ser a luz do mundo, não a defender causas! somos enviados a fazer e não a dizer!
Os números estão por aí.
Entre 2202 e 2004 , mais de sete mil crianças foram referenciadas pelos serviços de saúde, como tendo sido vítimas de abuso.
Não podemos dizer que não sabíamos.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Crónicas da vida na aldeia


Bebedouro, 1967
Dois homens seguem de bicicleta por uma estrada no meio de campos cultivados. O segundo homem olha nervoso à sua volta, não quer ser notado e deixa que a distância entre os dois cresça. A bicicleta roda através do entardecer e o segundo homem pergunta se terá que esperar muito mais tempo para chegar, ele não quer ser visto a seguir o primeiro homem... A aldeia é pequena alguém o pode reconhecer... aumenta um pouco mais a distância, à frente fica a passagem de nível... pode haver gente por perto... olha para o céu, está a ficar cada vez mais escuro... "Menos mal!" Na escuridão ninguém o verá... Durante mais dois quilómetros o segundo homem segue o primeiro, sente-se ansioso, não sabe o que vai encontrar, há muito que quer saber como serão essas reuniões de que a gente fala mas que poucos se atrevem a assistir... as comadres da aldeia comentam... aquela gente não é de fiar... o segundo homem hesita, será que está a fazer bem em continuar aquela aventura? O que dirá a mulher? Como reagirá a sogra quando descobrir... Pára a bicicleta olhando o primeiro homem que se afasta... Fará bem em o seguir?... A dúvida percorre o corpo, mas a vontade de conhecer o desconhecido é mais forte. Sobe para o celim e pedala com força. Está decidido. Hoje é a noite em que vai assistir a uma dessas reuniões dos protestantes...
Pintura: Mountain, jmarkinman

Lareiras

As lareiras não têm nada de idílico.
Aquela imagem fantasiada de que as lareiras são locais românticos onde soam o tilitar de copos de cristal e se sente um suave cheiro de madeiras são devaneios piegas de citadinos sonhadores.
As lareiras são alimentadas de lenha.
Ora a lenha é pesada e não aparece como que por encanto empilhadinha ao lado da lareira, como partilhei aqui na blogosfera, com
um colega de ofício, é preciso acarta a lenha - no meu caso dois andares - e arrumá-la.
As lareiras - especialmente as novas e de metal - sujam TUDO e todos. A cinza espalha-se e é preciso limpar os móveis e os livros. À volta da lareira ficam os restos de lenha, das aparas, das pinhas, de cinza é preciso varrer constantemente. A lenha desaparece a uma velocidade de cruzeiro, e ao cuidar da lareiras enche-se de fuligem as calças, as camisolas, as mãos... Mas não tenho escolha, a lareira é a minha única fonte de calor e a casa é gelada!!! E, por isso ainda que deteste acartar lenha, ver tudo coberto de cinza e ser uma autêntica gata borralheira de vassoura na mão, agradeço a Deus a existência das acendalhas... Ah invenção maravilhosa!!! Uma pequenina e BUM lá começa tudo a arder...
e sim... há lapsos de tempo em que se olha para a lareira se esquece a velocidade a que a lenha se vai e se fica a olhar o fogo... ver troncos a arder é uma das mais belas coisas do mundo... dá uma sensação de conforto... perdemo-nos na dança das chamas, aquietamo-nos com o estalar seco da madeira, surpreendemo-nos quando a madeira fica encandescente é difícil desviar o olhar de uma lareira... e pronto, até eu... fui contagiadas por essas ideias bucólicas de lareiras românticas... ai!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

I Might As Well Face It, I'm Addicted To it...


Num país mais civilizado como Espanha as boas sérias passam a horas a que os cidadãos trabalhadores as possam ver... Em Portugal séries como o Dr. House passam depois da 1h15 da manhã... para quem pergunto eu? Quem pode ficar até às 2h30 a ver séries em dias de trabalho?... Lá na civilizada Espanha as cadeias de televisão só passam "os colebrones" vulgo telenovelas, à tarde. Depois das notícias há filmes, séries, humor... Depois das 10 horas das noite podemos ver CSI, HOUSE, 24 HORAS, A Anatomia de Grey, Sra Pesidente, ER, etc.. etc.. e filmes com menos que 20 anos a horas decentes...
Em Madrid pouca gente pensa em ter televisão por cabo... aqui não é uma opção é uma forma de manter a sanidade... tirando a 2... quem aguenta telenovelas todos os dias?
Hecho de menos la television española... Especialmente porque vi lá a 1ª série do Dr House e fiquei viciada... aqui resisti una 3 ou 4 dias até à 1h30... mas desisti... valeram-me alguns vales-presente da FNAC e gastei-os a comprar a série 1...
Jingle bells, jingle bells... esta foi a minha prenda de Natal... a 1ª série do Dr. house...