Filha da nação..
Um blogger descreveu-me como sendo de esquerda. Fiquei a pensar porque nunca consegui arrumar-me num dos lados do espectro político. Filha ideológica do Independente de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso. Sempre votei mais à direita do que à esquerda. Votei MEC para o parlamento, votei PP, votei contra o Aborto. Votei contra a regionalização. Votei à direita para os governos e à esquerda para as presidenciais e autárquicas. Votei PS contra o PSD e votei PSD contra o PS. A minha votação sempre foi mais punitiva que ideológica. Faço parte daquela percentagem que vota zangada com as políticas implementadas e espera sempre que a renovação e alteridade políticas tragam algo de novo e melhor. No entanto o rótulo fica e não me parece mal. Sei que sou de esquerda embora não me reveja no PS, ou identifique com a sua estrutura muito rígida (pelo menos não me revia até há 4 anos, agora não sei). Acho piada à demagogia inconsequente dos bloquistas, atabafa-me os bafientos e retrógrados comunistas, embora não me assustem e até saibas que são, na sua maioria, bons autarcas. Achei ridículo as últimas presidenciais com todos os partidos de esquerda a apresentarem um candidado, numa espécie de luta de galos, que sabem que acabarão todos numa panelinha cozinhados. Sou uma cidadã sem fidelidade partidária. No entanto achei interessante que sem eu falar de política me tenham lido como de esquerda.
10 Comments:
Há alguns meses atrás "navegando" na internet, em blogues religiosos, deparei com este que me chamou a atenção, inicialmente, pelo título...
Depois o conteúdo deste blogue também me despertou a atenção, pela abordagem que faz dos temas que propõe: simplicidade, sensibilidade e, porque não, uma leitura no feminino dos acontecimentos...
Embora pertença a outra Igreja e, nem sempre partilhe da sua análise dos acontecimentos, creio que está a prestar um bom contributo para que as mulheres tenham um papel mais activo nas suas Igrejas...
Direita? Esquerda? A independência em relação aos poderes/partidos políticos permite que se façam análises que tenham a ver com a vida concreta da comunidade humana, tendo sempre na Palavra de Deus, a chave de leitura dos acontecimentos.
Força! Continue!
Ana
obrigada pelos seus comentários. Acho que este é o fascínio dos blogs: liberdade de expressão e respeito pela diferença do outro, tudo isto numa espécie de anonimidade que nos dá a distância...
bjs
Alguém me saberá responder:
1 - Se alguém gosta de Sérgio Godinho, Zeca Afonso, José Mário Branco, Vitorino, Janita Salomé, Amélia Muge, João Afonso, será de esquerda ou de direita?
2 - Se alguém só ouvi no seu carro a Rádio Clube Português (rádio oficial da Revolução dos cravos), o que será?
3 - Qual foi a música que serviu de sinal para o início da Revolução dos cravos? Quem a canta? Pois bem, esse mesmo artista tem uma música que se chama "Nini dos meus 15 anos"... Não será mais uma tendência de esquerda da nossa irmã?
4 - E por falar em 15 anos, onde estava a nossa querida MEC no saudoso ano de 1981, precisamente o ano entre a morte de Sá Carneiro (1980) e a 1ª eleição de Pinto da Costa como presidente do FC Porto (1982)? Não sabem?! Então é porque esta nossa irmã viveu na clandestinidade, característica própria dos comu.. comu..
E tinha aqui mais provas que mostram a "esquerdidade" da nossa querida MEC.
José
Este comentário foi removido pelo autor.
hahahah.... hum... as coisas que se descobrem do nosso passado...
mas...
(a minha rádio de eleição é a RFM...claro que a ti deve parecer que passo eternidades a ouvir o RClube)...
bom um blogger acha que eu sou de esquerda e tu, meu querido, para além de ser de esquerda, defendes que sou uma revolucionária clandestina... ehehhe...
qualquer dia vão sugerir algumas ligações a Cuba...bj
e por pessoas assim!!
que portuagal está como está...
e minha melhor amiga insugere-se: "tu és de esquerda???!!!!"
pronto vamos explicar melhor o que quero dizer... tenho o coração à esquerda e a cabeça à direita. continuo num impasse sem me conseguir estacionar de um dos lados...
Mais... adoro o Miguel Sousa Tavares e admiro incondicionalmente o Pacheco Pereira...
E que tal se em vez de procurarmos se alguém é de esquerda ou de direita, que tal se uma pessoa for "de frente", ou melhor, "PARA a frente": alguém com visão de futuro, que procura ir mais além, alguém que não se conforma com o que lhe revelam, mas que busca mais e mais...Não será esta até, porventura, uma das maiores características do ser humano?
down to the point as usual irmãozinho...
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