quarta-feira, outubro 31, 2007

Reforma

Esta noite às 21h00 na Igreja da Cova Gala: LUTERO, o filme.

terça-feira, outubro 30, 2007

gosto muito, gosto muito, gosto muito

http://ilustrana.blogspot.com/

segunda-feira, outubro 29, 2007

Este é a semana em que comemoramos a Reforma Protestante

"O cristão é um homem livre, senhor de tudo e não está submetido a nada!
O cristão é um servo, ao serviço de todos e a todos submetido!"
Martinho Lutero

domingo, outubro 28, 2007

Porque hoje foi domingo

Gosto muito de liturgia.
O culto protestante segue a liturgia reformada:

Chamada à adoração
Invocação
Acção de graças
Confissão e Perdão de pecados
Leituras do dia
ffffffAntigo Testamento,
ffffffEpístola
ffffffEvangelho
Mensagem
Oração de intercessão
Ofertório
Oração de consagração
Envio
Bênção
Dependendo do celebrante há mais ou menos música, as orações são lidas ou expontâneas, seguindo Calvino a ceia é todos os domingos, ou é mensal.
Gosto do significado, do fluir, do encadeamento. Dos símbolos e dos rituais. Gosto da estrutura, de ter um esquema para preencher.

Cada semana tento escrever coisas diferentes para cada íten, tento encontrar uma poesia, um texto interessante, percorro a internet buscando ideias, frases, perco horas, mas é algo que me dá prazer, pois falar de Deus é poesia é dizer o indizível, explicar o incompreensível, falar do que não se abarca completamente.


A liturgia é desafio. É pintar um quadro que expresse fé. Combinar música e palavra. É arquitectura, engenharia e a sensação de se estar sempre a anos luz.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Nunca escreves sobre mim...


... diz o conversado com toda a razão.

Mas é que esta coisa de falar de amor e não cair em nhónhónhice é complicado para quem não seja poeta - e mesmo assim o lingrinhas lá dizia que éramos sempre exdrúxulos. Por isso digo apenas o que vejo:


quarta-feira, outubro 24, 2007

No tribunal uma das circunstâncias atenuantes para a mãe da Sara, foi que era pobre e tinha uma família numerosa. Ainda bem que o Estado está a incentivar as famílias pobres a terem muitos filhos!

bem aventurados...





No programa prós e contras de segunda-feira falou-se de pobreza. Os protestantes e evangélicos têm tido muito pouco a dizer sobre o assunto nas últimas décadas. Estamos acomodados, conformados. Perdemos o norte.
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Nos primeiros livros da Bíblia há uma dualidade de sensibilidades face à riqueza, se por um lado a riqueza é vista como uma bênção de Deus, por outro lado critica-se o acumular de riqueza e as civilizações tecnológicas urbanas. Há uma preocupação constitucional com a protecção dos marginas da sociedade: o pobre, o estrangeiro, as viúvas e órfãos. Yahvé é claramente o Deus dos mais frágeis, que no Êxodo propõe uma sociedade inclusiva, radical, igualitária, completamente fora dos cânones do Antigo Oriente: uma sociedade sabática de direitos para todas as criaturas: povo, estrangeiros, escravos, animais.

E se o livro de Provérbios exalta a riqueza como o fruto de uma vida de rectidão, a literatura profética condena a opulência e opressão, pregando a mudança estrutural da sociedade. No Antigo Testamento os pobres são uma questão de identidade para Deus: Deus é Deus porque cuida dos desvalidos e dos marginais.

No Novo Testamento a uma sociedade estratificada, hermética e quase impermeável à ascensão social, Jesus solidarizou-se com os pobres diabos, os imorais, os colaboracionistas, os mais frágeis ou odiados – O Reino pertence aos pobre e pequenos, não olha a estatuto somente ao coração.
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Os primeiros cristãos viveram uma revolução social, um movimento contracorrente de nivelamento social - A Igreja neo-testamentária era uma igreja multicultural, transversal: gregos, judeus, escravos, livres, homens mulheres, jovens e velhos conviviam numa diversidade que espantava a sociedade caracterizada pela injustiça e descriminação.
Ser cristão não era aceitar passivamente as estruturas da sociedade com uma passividade vazia, conformista e espiritualizante.


A proposta do Cristianismo foi uma sociedade alternativa onde se tinha tudo em comum, onde a desdita e os bens eram partilhados fraternalmente. Esta sociedade radicalmente igualitária, comunitária e generosa fez tremer o Império Romano. A nossa caridadezinha que dá o que sobra, é insonsa e não impactará o nosso mundo.

domingo, outubro 21, 2007

Natal é quando um homem quiser


A Mariana era uma grande amiga minha no liceu. Era sempre a melhor aluna, aos 5 do 9º ano seguiram-se os 17 e 18 do complementar. Separámo-nos na faculdade e fui sabendo notícias dela através de uma amiga comum e encontrávamo-nos casualmente em festas de anos. A Mariana era perseverante e organizada, tudo para ela eram etapas e tarefas que com determinação ia completando. Mas a menina que conseguia tudo, não conseguia engravidar. Primeiro com esperança e depois com desespero percorreu o calvário das tentativas, das inseminações, dos meses contados, esperados, desiludidos.
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Mas este Natal a Mariana vai ser mãe. A Filipa e a Carolina com quase 2 e 4 anos, vão ter pais.
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A menina que sentiu a desesperança, está grávida e espera ansiosa o dia em que na sua casa correrão pezinhos de criança. Dar à luz pode ser do interior para o exterior, ou do exterior para dentro do coração. Todas as crianças têm que ser adoptadas, pois os filhos nunca são o que se pensa ou espera, há sempre a sua alma, a sua personalidade que se mete no meio dos sonhos paternos. A Filipa e a Carolina duas irmãs, vão encontrar colo e olhar. Estou tão feliz por todos...
A Filipa e a Carolina vão deixar de ser duas das 16,000 crianças institucionalizadas em Portugal.

hélas


A semana:

Segunda-feira: Funeral.
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Quarta-feira: 4 visitas, e na vila da Cova Gala as visitas fazem-se a pé porque tudo é perto, encontram-se amigos, ovelhas tresmalhadas, e gente que ao reconhecer-me dos funerais se acotovela e aponta para mim com o nariz. À noite faço o estudo bíblico no Bebedouro.
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Quinta-feira: Vou visitar uma senhora da Figueira da Foz que está num lar. O lar é pequeno e todos assistem ao pequeno culto e santa ceia. Canta-se feliz, desde a dona do lar à empregada que assiste também. Foi bom levar alegria, mas o facto de levar, significa que não se partilha, aquela não é a minha vida, eu venho de fora, da vida, visitar os que estão à espera da morte, e a morte é claramente presente, por mais simpático que seja o lar, é uma plataforma de partida, uma etapa final.
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Volto à Figueira para Oficinas Litúrgicas e ensaio do coro (preparamos cantata de Natal), ainda à noite volto à Cova para o Estudo Bíblico às 21h, mas nunca acaba às 22h, pois começa-se a cantar e a orar e nunca saímos de lá antes das 22h30. Somos 11 ou 12 e TODOS oram e TODOS gostam de cantar, é uma festa tardia, mas uma festa.
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Sexta-feira: A1 e lá vou eu para uma Reunião no Montijo.
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Sábado: Volto de Lisboa a horas para estar às 10h30 na figueira para uma reunião do Dia Mundial de Oração que se prolonga até às 17h. Volto para casa depois de dar uns toques na decoração da Igreja para o dia seguinte. São 19h, sentada ao computador acabo a pregação mais exausta que criativa.
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Domingo: A hora da Igreja da Cova Gala mudou para a tarde, assim em vez de acordar às 6h30 como de costume, posso levantar-me às 8h30 e chegar calmamente à Figueira às 10h30 para o culto das 11h. Volto para casa depois de 2 cultos e dois ensaios para as cantatas de Natal. Passo ainda pelo Casino onde a sociedade senior da Figueira escuta 3 coros regionais, uma ovelhinha canta num deles e lá vou dar uma forcinha. São 19h e já estou de volta a casa para um chazinho reconfortante, felizmente hoje não tive 3 cultos o que facilita o dia.
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Aqui está a razão de eu escrever menos. A correria não facilita a disponibilidade mental. A tirania do urgente: fazer 3 estudos bíblicos, pregação, preparar cantatas, reuniões, comissões, etc e etc... tira-me o espaço mental para teologizar, dou por mim com muito menos verve e apenas frases...
sdnvlk
A ideia de um dia fazer isto com filhos... é... interessante.

sábado, outubro 20, 2007

Júlio Machado Vaz tem novo programa na SIC mulher com a Ana Mesquita. Ai que saudades da Ana Drago...

quarta-feira, outubro 17, 2007

Ainda Fátima (à moda de Gióia Júnior)

Não me revejo
na senhora
só promessa
sem beijo
que pede
não mede
sacrifício
desperdício.
Que diz: ora
mas elabora
engenharia
que desvirtua
Maria.
Joelho no chão
vela na mão
penitência
paciência,
mas olhos
sempre no chão.
Ergue-se vistosa
basílica formosa
mas o povo no chão
lenço na mão
oratória afinada
mas povo à entrada.
Na fé firmados
mas pés rasgados.
Emoção
fé, adoração.
Mas os pobres
(não os nobres)
pagam a igreja
como no bolo a cereja
símbolo de escravidão:
dor, joelho no chão
fome, dias sem pão.
E o Senhor Deus irado
sempre zangado
sem amor ou perdão
só a senhora
pode sossegar
seu humor aplacar
e o povo tentar
negociar,
comprar
sua difícil absolvição.
Sempre escravo
de joelho no chão.
É a dor que paga
toda a emoção.

17 de Outubro - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Tive fome
Não existo
nesse Cristo
só vinagre,
só milagre,
Deus nocturno,
taciturno,
procissão...
O meu Cristo
que registo
no meu mundo
e no fundo
coração,
ao menino
pequenino
que é Seu filho
maltrapilho,
dá-lhe o manto
branco e santo
que lhe cobre,
fica exposto
triste rosto
ombros nus.
sai da cruz,
vai ao chão,
dá-lhe nome
de cristão,
e sorrindo,
descobrindo
que tem fome,
em seguida
dá-lhe vida,
claridade,
liberdade,
e, na hora
redentora
da verdade,
rasga o véu...
E de manso
num remanso
de descanso,
docemente,
cristãmente,
dá-lhe o céu!

Gióia Júnior

The talk of the town

E mais uma vez sigo um caixão até ao cemitério.

Durante a semana passada, depois do primeiro funeral, a notícia tinha sido a conversa desde a Lota até aos cafés: Havia uma pastora dos protestantes que fez um funeral diferente dos do padre. Mas no cemitério ainda se ouve uma pergunta isolada: "Mas então esta é dos jeovás?" "Não homem! Esta é a nova pastora dos protestantes!" E as cabeças ao redor acenavam.
Sou agora mais visível quando ando por lá. Quando passo vejo alguns sorrisos de saudação de pessoas que eu não reconheço. Acho que regra vai ser saudar a todos, é mais seguro.

quinta-feira, outubro 11, 2007

España ou Dr. No

Dores de estômago escruciantes levam-me às urgências do Hospital de Cantanhede na segunda-feira à tarde, onde um médico simpático e falador me põe a soro com umas drogas que me tiram as dores. Mais duas caixinhas de medicamentos e para casa.

Terça-feira sinto-me no céu nem uma dorzinha. Faço o funeral preparo os estudos bíblicos. Na quarta-feira voltam as dores que crescem e crescem até eu voltar às urgências. Um outro médico não tão falador dá-me umas drogas para a veia, mais 2 caixinhas de medicamentos e ala p´ra casa. As dores diminuem, mas não param, passo a noite à espera da manhã.
Às 8h00 volto ao Centro de Saúde e espero. Pois espero numa sala errada e já não consigo consulta para as 8h00. Tenho que voltar às 13h00 - de preferência um pouquinho mais cedo para conseguir vez, diz-me a empregada solícita - Volto ao meio-dia e meio e espero 2 horas e meia.

Este novo médico diz-me que não me tinham receitado analgésicos e que um dos medicamentos que o primeiro médico simpático me tinha receitado era para os intestinos - muito útil quando se tem dores de estômago - então retira-se um medicamento e dá-se outro.
Com tudo isto gasto 50€ - cada visita às urgências são 7,50€, mais a consulta no centro de sáude e mais os medicamentos . Perco dois dias de trabalho. Tudo porque um médico me podia ter dado os medicamentos certos.

Ai que saudades de Espanha: Consultas gratuitas, medicamentos baratos, profissionalismo, rapidez e cuidado.

terça-feira, outubro 09, 2007

Presbiterianos Com Açúcar

Aqui fica a fantástica foto de grupo

e a nossa morada

http://presbiterianoscommuitoacucar.blogspot.com/

para as minhas amigas:

Carol Manasse

o 1º funeral

Terra à terra, cinzas às cinzas, pó ao pó.
Aqui na província os funerais são a pé. As pessoas pedem horas, pedem a manhã ou a tarde e vão acompanhar vizinhos, amigos e família.
Em Lisboa o funeral é algo cada vez mais privado. Só a família mais chegada, e às vezes nem isso, vai ao enterro. Aqui todos se juntam para partilhar a dor.
E quando se segue atrás do carro funerário, a pé, as pessoas param na rua e os homens tiram os bonés respeitando a dor.
O espanto de ver uma mulher com toga liderar o cortejo também foi hoje visível. Os murmúrios: é a nova pastora dos protestantes, também se ouviam.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Ai...

Este fim de semana é o fim de semana de todos os retiros. Pela primeira vez em muitos muitos anos, vamos juntar 42 presbiterianinhos adolescentes e jovenzinhos!!!! O coração bate. A programação e organização é feita de alma surpresa e temor do desconhecido. Lutei, lutámos muito por este fim de semana. E agora que ele está a chegar, o coração esperneia.
Nos messenger dos miúdos lemos:
FDS n FIGFOZ é ja sgir!
Hum...5f hamm á noite...comboio..oriente...carrinha... e FDF...
kint-f cool!
Adoro as Armas e Roses.. kinta fig...!!! lol lol
nc + xega kinta.

As expectativas são dos dois lados.

terça-feira, outubro 02, 2007

Saudade


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lksdvnlkvnº
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E de repente no Messenger alguém diz: Olá!

Do outro lado do mundo, desde Tete em Moçambique, uma querida amiga que esteve a estudar em Lisboa e voltou para casa, só com um teclar diz-me: Olá! E está tudo dito.


O incentivo de vidas vazias


Incentivo à natalidade que privilegia as famílias com menos rendimento familiar.

Há poucas crianças e por isso o Estado pretende que através de subsídios durante os 3 primeiros anos de vida, o número de nascimentos suba.
Loucura. A maior parte das famílias funcionais sabem que depois dos 3 anos vêm outros anos de todas as despesas.
O que vai acontecer? As famílias disfuncionais que já engravidavam para receber rendimento mínimo e abonos de família, vão sentir-se motivadas. Passam horas as assistentes sociais a dissuadir as mulheres que não podem sustentar e acarinhar crianças de terem filhos, para agora os Estado que não emprega nem os psicólogos, nem os assistentes sociais suficientes, estragar toda esta luta de não trazer crianças ao mundo para não serem amadas.
Quem conhece este ciclo de pobreza, descaso e "venham os filhos que se criam" mas que na verdade são negligenciados, só pode estar horrorizado.

Querem mais crianças no país? Que tal não fechar urgências? Que as mães possam ter licença de maternidade sem correrem o risco de serem despedidas, pressionadas, prejudicadas. Que as creches e jardins de infância sejam gratuitos. Que as mães possam realmente escolher ficar em casa se assim o desejarem. Que haja bolsas escolares a sério para as crianças e jovens. Que os dentistas, oculistas e pediatras sejam gratuitos. Talvez assim as famílias pensem em mais crianças.