Quando decidi seguir o pastorado nunca me tinha ocorrido a questão da maldade e de como um pastor tem que por dever, conviver e não se afastar das pessoas que em outras circunstância nunca privaríamos de perto.
Há pessoas construtivas e pessoas destrutivas. Há pessoas que postas juntas constroem e pessoas que juntas destroem. Nem estou a dizer que eu sou construtiva e boa e que outras pessoas são o oposto, mas sei que há pessoas ao pé das quais perco o meu sentido construtivo e me ressinto das suas intenções, que não vou adjectivar, mas que a mim me provocam necessidade de afastamento. Mas não posso. É meu dever, (é essa a missão respondeu-me a minha melhor amiga), mas sinto-me tolhida. A liberdade de escolha, a liberdade de juntar grupos de trabalho onde me sinto melhor é um luxo que eu não posso eleger.
Conviver de muito perto com o lado lunar humano é algo que eu não tinha meditado e me está a afectar. Nos empregos seculares afastamo-nos. Nas relações familiares contornamos. Os amigos são escolha livre. No pastorado "we take them as they come". É suposto ser pastor de todos e não dos que escolhemos.
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