Sniff...

São 24H15... anuncia-se o último episódio da 3ª série de House... aguento estóica 20 minutos de uma telenovela, mais 1/2 hora de publicidade e 5 minutos de um documentário sobre um castelo qualquer que de certo todos os fãs de House apreciaram... são 1H15, os olhos teimam em fechar-se, luto com o sono, tento seguir a história, cansade e zangada desisto. São 1H25 e capitulo. O dia seguinte é dia de trabalho... A TVI mais do que uma estação de televisão deve ser uma qualquer agência governamental para castigo de cidadãos que não gostam de productos audio-visuais nacionais... Resta-me esperar a série em pack.

Aqui vou eu para Lisboa. A minha comunidade faz 109 aninhos e vou até lá pregar e matar saudades.

Hoje à noite na celebração ecuménica, diz o meu tutor na sua pregação a uma assembleia predominantemente católica:
"Há muitas senhoras que nos separam, mas há um só Senhor que nos une."
Bonito.

No escritório do velho pároco local juntam-se um pastor, uma estagiária e um Frei franciscano desempoeirado e ecuménico. Espera-se um outro padre, que todo entusiasta leva a cabo pela 1ª vez numa das suas paróquias, uma celebração da Semana Mundial de Oração pela Unidade Cristã. Chega o padre novo e entusiasta e é a vez do velho pároco fazer as apresentações:

"Este é o Pastor Leite, conhecido nacionalmente e esta é... esta é a... ahãm... a Maria Eduarda..." (e quase respira fundo).

"Esta é a pastora estagiária que está a trabalhar com o pastor Leite no Bebedouro" - ajuda o Frei desempoeirado e galhofeiro. (este frei já me tinha apresentado ao Bispo, quando numa outra paróquia que celebrava a semana Munidal de Oração, a língua do pároco local também se lhe tinha enrolado e ele tinha titubeado a tal frase: "Esta é a ... a... ahãm... a Maria Eduarda.")

É que a língua dos velhos párocos se lhes enrola e não atinam com essa verbalização do conceito de pastora...

Fazemos a reunião e decide-se ir até à igreja onde se vai fazer a celebração para ver o espaço.

Já na tal paróquia encontra o padre novo e entusiasta uma paroquiana que o cumprimenta, e à qual o padre apresenta os que com ele estão: "Este é o pastor Leite ali do Bebedouro, e esta é a... esta é a... a Maria Eduarda..." O Frei estava distraído e não pôde ir em socorro do padre novo e entusiasta...

Eheheh, velhos ou novos a língua católica regular atrofia-se e enrola-se...

De volta a casa o padre novo e simpático passa por minha casa para me deixar. "Então vives aqui em Lemede?" -pergunta-me.

"Sim, vivo aqui." - respondo.

"hum... e também trabalhas aqui?"

Explica-lhe - desta vez o meu tutor - que eu sou estagiária e trabalho na igreja do Bebedouro.

"ah..."

É que mulheres a receberem salário de uma igreja para serem clero é algo estranho, mesmo para padres novos, simpáticos e entusiastas....

Um Credo

Creio em Deus Pai criador dos céus e das terras. O Deus de todos os começos e de todo o perdão; que vai ao encontro da humanidade, que intervém no seu devenir visitando-a. Creio em Deus que não ocultava os seus planos a Abraão, que lutou com Jacob, que ouviu o clamor do seu povo no Egipto e o libertou para com ele fazer um pacto de amor, fidelidade e dignidade.

Creio em seu filho unigénito Jesus Cristo, o Filho do Homem, que escolheu viver connosco. Que olhou os desgraçados com compaixão, que tocou nos intocáveis com o dom da cura e encarnou em cada dor, alegria e desespero do ser-se humano.
Creio que este Jesus Cristo se entregou até à morte e morte de cruz, que foi morto e sepultado, ressuscitou ao terceiro dia abrindo caminho através da morte e oferecendo vida eterna a toda a criação.

Creio no Espírito Santo, Deus no mundo, para derribar e edificar, para corrigir e guiar; o Espírito que habita connosco a pesar da nossa maldade e que sustém a Igreja como corpo de Cristo. Este é o Consolador que providencia os sonhos que nos dão esperança para construir um Reino de Deus de justiça, paz e empatia.

Creio na vida eterna, a única realidade que o Deus verdadeiro pode criar.

Mantenhamos o assunto, sim!

O rapaz até que nem é burro

tem é falta de uso

mete o nariz onde não é chamado

como um parafuso

ó meu rapaz, tu só és senhor do nariz

que é teu aqui

paro para explicar uma coisa:

é que o rapaz sou eu

e assim fala quem quer mandar em mim

e assim fala quem quer mandar em mim

e assim fala quem quer mandar em mim

não protestes

não desfiles

não contestes

não refiles

já joguei ao boxe, já toquei bateria (trápum)

p´ra ver se me livrava desta energia nada feito, que arrelia

Isto no fim não passa de uma fase

que passa com o uso

foi muita liberdade de uma vez

e o rapaz está confuso

agora é tempo de apertar com ele:

olha, acabou-se a farra

ai, ai, que este país está de pantanas

e não há quem o varra

assim fala quem já me quis varrer

assim fala quem já me quis varrer

assim fala quem já me quis varrer

não protestes

não desfiles

não contestes

não refiles já

joguei ao boxe, já toquei bateria (trápum,)

p´ra ver se me livrava desta energia nada feito, que arrelia

Durante algum tempo

foi necessário pôr o rapaz a uso

pô-lo a gritar sobre o prestígio pátrio

e o orgulho luso

agora só nos faltava

ele querer virar o feitiço contra o feiticeiro

que o pôs a render

é que nem pensar nisso

assim fala quem me pôs a render

assim fala quem me pôs a render

assim fala quem me pôs a render

não protestes

não desfiles

não contestes

não refiles

já joguei boxe, já toquei bateria (trápum)

p´ra ver se me livrava desta energia

nada feito, que arrelia

Os ninivitas puseram-me de definitivo, numa onda de intervenção.

Desde sempre e para sempre, Sérgio Godinho.

Tempo e Distância

kfbnldknfbºldbnºlbnºaldfbnalddddkfbn e Terra de Seixos, há 50 anos atrás.

São 4h30 da madrugada, o homem aparelha as vacas ao carro de bois e deixa para trás a casa e a família ainda a dormir. À sua frente estão 2h30 / 3h00 de caminho. Dirige-se aos campos de arroz no Mondego, onde vai passar todo o dia a trabalhar. À hora de almoço a mulher ou um filho levar-lhe-á o almoço fazendo o mesmo percurso.

São 7h00 da tarde é necessário voltar, faz de volta as 2h30/3h00 de caminho, não pode adormecer porque as vacas não são como os burros, não aprendem caminho.

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São agora 10h00 da noite. E o que faz este camponês quando chega a casa cansado? Ah, pois hoje é 4ª feira, é dia da Reunião de Oração e lá vai ele para a Igreja onde a reunião começa às 10h30 da noite. De cabeça curvada agradece a saúde, o trabalho e a certeza da bênção divina. Volta para casa que fica a meia hora de caminho e deita-se. É meia-noite e espera-o umas 4h30 horas de sono, no dia seguinte é preciso voltar a sair às 4h30 da manhã para os campos de arroz...

E ainda se diz que não há tempo para ir à Igreja.

Busquemos outras razões, mas não devem ter nada a ver com tempo ou distância.

Coimbra é uma lição

Hoje fui à minha primeira festa de universitários. A minha mãe como boa evangélica nunca me deixou ir a nenhuma quando eu andava na universidade. No Seminário não tive tempo... bom, fomos no último dia de exames beber água de serra que era uma coisa muito gira (sem água).
O local da festa: Coimbra, quinta-feira à noite. A razão´: uma festa de anos. A fauna: 20 universitários em fase final de ano lectivo... Comida interessante: mousse de vodka. 20 anos depois, aprendi como é uma festa de universitários...

A importância de se chamar Ernesto

Gosto de revolucionários, de homens com sonhos.
A minha infância decorreu num tempo em que os taxistas faziam greves e não se chamavam Nodi e os construtores faziam bairros sociais, mas nenhum se chamava Bob.

As músicas da minha infância eram as cantigas de abril. A rádio inculcava-nos gaivotas, o povo unido, o cão raivoso, o mais infantil que se ouvia era o cácárácácá cácárácácá cantam as galinhas desde as 7 da manhã, do Carlos Moniz e da Maria do Amparo. Talvez por isso a minha inclinação por trovas de intervenção e heróis vermelhos. Não resisto a Salgueiro Maio, trauteio Sérgio Godinho e imagino o Che a calcorrear a Arrábida e Montesinho...
Hoje é o aniversário do Che. Recordo uma canção da minha infância que dizia:

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

http://www.patriagrande.net/cuba/ernesto.che.guevara/canciones.htm#hasta_siempre_comandante

Sínodo 2

Foi votado no Sínodo Presbiteriano, e por uma esmagadora maioria, o sim para a caminhada conjunta com a Igreja Metodista de Portugal. Ou seja da tradição, história e testemunho de duas igrejas históricas - Presbiteriana e Metodista - nascerá uma igreja comum. Penso que cada presbiteriano e metodista terá uma ideia diferente do que esta caminhada em comum significará, mas em todos existe a vontade de juntar esforços e criar uma igreja relevante e misericordiosa, um espaço de crescimento e acolhida.

Dia da Igreja 2

O melhor para mim do dia da Igreja?

No final do culto, quando se acabou de cantar o hino oficial, os adolescentes e jovens que tinham estado a ajudar durante todo o dia, saltaram para o palco e fizeram a festa.

Esta é a força da igreja. As gerações sucedem-se, e tomam conta do que iniciámos. Nada é nosso. Estamos sempre a trabalhar para que outros colham. Ao vê-los a cantar a música e a saltarem no palco, percebi que se lhes dermos espaço, haverá futuro. A Igreja não será como nós sonhámos. O amanhã não será como nós queremos, mas será o futuro de Deus. Um bom futuro foge sempre dos nossos sonhos.

Ai que riqueza de rapazinhos!

Auditório Grande da Faculdade de Ciências, Festa do dia da Igreja Presbiteriana.
Sobe ao Palco uma brigada de baptistas cantores*.

A Plateia Presbiteriana-Metodista rende-se ao ar cool e às cantigas de escárnio e bem-dizer.
No aftermath e recolhendo opiniões vejo adolescentes a sorrir coradas, balsaquianas a suspirar sonhadoras e senhoras a dizer: "Ai que riqueza de rapazinhos! Como eles alinhavam aquelas letras, ehehhe... o que eu me ri dos 5 pães e 2 peixes!"

"Muito fixe. Parecem bloquistas... Evangélicos com ar de esquerda..." (comenta o conversado)

No Dia da Igreja Presbiteriana ficou a marca indelével de uns baptistas de intervenção.

* vulgo, Ninivitas.

Os dias do meio

No domingo o texto do evangelho falava da ressurreição do filho de uma viúva. No sábado decorreu o dia da igreja. No texto de domingo duas multidões encontram-se à porta da cidade: uma segue um caixão e chora, a outra é precedida por Jesus e percorre o caminho feliz. Sábado foi um dia cheio e feliz. Sabemos o que fazer nos dias escuros e nos dias de felicidade. Custa-nos um pouco saber como agir nos dias no meio.

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No sábado será o Dia da Igreja Presbiteriana

vai realizar-se no Auditório Grande C3 da Faculdade de Ciências de Lisboa

Começa pelas 10h30 e terminará lá pelas 18h30.

Da parte da manhã haverá sobretudo música:

Coro Metodista

Diversos Coros Presbiterianos

Fragmentus (para todos que já me têm perguntado se ainda existimos) - 12h15

De Tarde

• Ninivitas 14h30
• Mark Mekelburg 15h15
• Workshop de Música
• Orquestra de Metais da Alhadas
• Estudos bíblicos
• Culto encerramento (17h00)

Venham ter connosco.

Eu, por isto tudo vou estar longe daqui....

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Esta é a semana do Sínodo da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal.
O Sínodo é a reunião máxima da Igreja Presbiteriana. O governo da Igreja Presbiteriana é exercido colegialmente e por isso o Sínodo funciona por meio de delegados e representantes. No Sínodo estão presentes os delegados de cada comunidade do país, os pastores, delegados de diversos órgãos directivos da igreja nacional e da Comissão Executiva.
O Sínodo define as linhas gerais da orientação da Igreja.