quinta-feira, junho 14, 2007

A importância de se chamar Ernesto


Gosto de revolucionários, de homens com sonhos.
A minha infância decorreu num tempo em que os taxistas faziam greves e não se chamavam Nodi e os construtores faziam bairros sociais, mas nenhum se chamava Bob.

As músicas da minha infância eram as cantigas de abril. A rádio inculcava-nos gaivotas, o povo unido, o cão raivoso, o mais infantil que se ouvia era o cácárácácá cácárácácá cantam as galinhas desde as 7 da manhã, do Carlos Moniz e da Maria do Amparo. Talvez por isso a minha inclinação por trovas de intervenção e heróis vermelhos. Não resisto a Salgueiro Maio, trauteio Sérgio Godinho e imagino o Che a calcorrear a Arrábida e Montesinho...
Hoje é o aniversário do Che. Recordo uma canção da minha infância que dizia:

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
http://www.patriagrande.net/cuba/ernesto.che.guevara/canciones.htm#hasta_siempre_comandante