Nova Iorque
O museu de história natural e os jardins do Central Park estão cheios de crianças com as mães ou as nannies. Raramente é apenas uma criança. Ver uma mãe ou uma nannie com 3 crianças é perfeitamente natural. Eu dei aulas a estrangeiros durante 11 anos e uma vez por mês ia aos museus de Lisboa, e tirando as visitas de estudo das escolas, nunca vi este corrupio de crianças (e crianças até aos 6 anos) a visitar museus. As crianças não estão enfiadas em casa por causa do calor, frio, vento, humidade ou o que quer que seja que em Portugal remete as crianças às 4 paredes do lar.
Ruas calmas, sossegadas. Com esplanadas, com lojas com muitas flores. Crianças, famílias, gente a ler e a passear os inúmeros cães civilizados, limpos e que não se atiram à mínima olhadela.
ROUPA: A roupa diz claramente quem são as mulheres de Nova Iorque, se são de classe alta ou não, se são visitantes.
A classe alta anda invariavelmente com saltos vertiginosos ou de havaiana. A roupa é clássica, minimalista, sóbria, mas perfeita de corte e tecidos. As visitantes e as outras classes calçam os óbvios
No entanto não vi mulheres sem maquilhagem. Sejam as mães com 3 ou 4 crianças, sejam jovens, muito jovens, tubarões empresariais. As mulheres de nova Iorque andam sempre maquilhadas. Mesmo no downtown, sejam polícias, empregadas de mesa, senhoras da limpeza, maquilhar-se de manhã para uma
CENTRAL PARK: Como sempre o imaginei: lindo, grande, esconderijo. Corre-se, passeia-se, faz-se piqueniques. Almoçasse.
A CIDADE:(que realmente não dorme)
Limosines. Normais. Frequentes. Concorrendo com taxis e uma espécie de riquexós-bicicleta que nos convidam a viajar pela cidade. Taxis: Milhentos, olhando para o trânsito não escapa a mancha amarela. Trânsito: sempre dia e noite, com algumas four letter words e muita buzinadela. Pessoas: cadinho humano de várias cores, raças e posição social, que se encontra e partilha as ruas sempre pejadas de gente da zona mais central, mas que à noite recolhe aos endereços que se organizam por status económico: upper town (à volta do Central Park é a zona in - sendo que o East Side é o mais in), toda a ilha de Mannattan é aceitável, mas quem não pode pagar os preços exorbitantes (Mannattan é das zonas mais caras do mundo em termos de casas) atravessa os rios e acomoda-se nas zonas fora de Mannattan - que para os da ilha nem são bem Nova Iorque. (No entanto se visitarem a cidade encontrem um hotel do lado Oeste pois as linhas de metro mais convenientes para visitar a baixa da cidade e para irem aos espectáculos são do lado Oeste).
Calor húmido. Sufocante. No início víamos as pessoas na rua sempre de garrafa ou copo na mão. No final éramos nós também que não passávamos sem a garrafa e o copo na mão. Bebemos litros de líquidos, pois o calor era muito, fosse de manhã ou à meia-noite, O calor não abranda com o anoitecer. Gelo. Sempre tudo com muito gelo. O primeiro gesto no restaurante, era encherem-nos uns mega-copos de metade gelo e metade de água geladas. Ao princípio estranhámos, depois já o desejávamos.
Pouca gente fuma.
Simpatia: Todos. Todos. Upperclasse, working-class, imigrantes. Não era possível estar 3 minutos a uma esquina a olhar para o mapa sem que alguém viesse ter connosco a perguntar se precisávamos de ajuda. O rótulo de que os Nova-iorquinos não são simpáticos é falso.
Polícia: Aos molhos. Por toda a parte. Simpáticos, prestáveis. E omnipresentes. Nova Iorque é uma das grandes cidades mais seguras do mundo. Um imposto extra de 8% sobre tudo o que é transaccionado na cidade, proposto pelo antigo mayor Giuliani, cobre todos os gastos de segurança.
Land of opportunities: Dizem que o Estado de Nova Iorque está a recessão. Pode ser. Mas o que eu senti é que é uma terra de
A América é a terra das oportunidades. Portugal é o país da sorte: Tem-se sorte de ter escolhido um curso que até dá para encontrar um trabalhinho, tem-se a sorte de conhecer alguém que conhece alguém que arranja um emprego. Tem-se a sorte de encontrar um trabalho – que não foi para o qual estudámos – mas que até dá para viver.
I want to go back!