Tantos e tão queridos amigos...

O passado é um país distante, (Salman Rushdie) e às vezes eu sinto saudades do meu país.

Amigos antigos, amigos recentes. Amigos que não vejo há anos, amigos que me despedi ainda há bocadinho. A família que se agiganta em preparativos. A minha amiga que desde há uns dias me manda uma sms todas as manhãs a fazer a contagem final das últimas e primeiras coisas. A minha afilhada que adormecia todas as noites ao meu colo e leva um vestido ao qual eu não fui à prova. A irmã da afilhada que quase não me conhece. As minhas tias com as quais não descuti roupa. Tenho tantas saudades.

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Conforme confirmam a presença eu recordo o quão longe tenho vivido deles. Como já não sei as idades dos filhos de amigos que me são tão queridos. Este tempo de casamento é também um tempo de nostalgia, onde me lembro da vida que perdi dos meus amigos: aniversários, nascimentos, baptizados, não sei muitas vezes onde trabalham agora, quais os seus problemas e sonhos. A vida tem tantos caminhos e quando escolhemos percorrer um, abandonamos tantas coisas. Abrimos mão de tanta gente. Ao longo do caminho ganhei e perdi amigos. Mas o que custa mais são os amigos que fui deixando conforme percorri um outro caminho.

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São de tantos lugares, cada um é singular, passei com eles experiências tão diferentes. Mas a maior parte deles fazem já parte do meu passado e isso dói.