terça-feira, julho 11, 2006

Material Girl




"´cause I am living in a material world,
and I´m a material girl!"



...E a profetiza da pop tinha razão.

O cristão deve ser o mais material possível. A teolgia espiritualizante que faz da mensagem bíblica uma realidade futura depois da morte de cada qual, e se focaliza na vidinha de cristãozinhos meninos do coro, que não fumam, não bebem, não etc.. devia lembrar-se que Jesus morreu pelo que acreditava: Os famintos foram saciados, os cegos foram curados, os coxos voltaram a andar... Há uma dimensão incontornavelmente física no ministério de Jesus... O cristianismo começa no nosso estilo de vida e nos nossos bolsos... Até que ponto acreditamos que Deus existe é plenamente visível na maneira como usamos o nosso dinheiro...

5 Comments:

Blogger Jorge Oliveira said...

À Madonna o que é da Madonna, A Deus o que é de Deus.
:)

12 julho, 2006 15:14  
Blogger mulheres_estejam_caladas said...

Pois... Mas não somos diferentas da Madonna, todos nós vivemos num mundo material, mas como cristãos herdeiros de uma filosofia platónica achamos que somos muito espirituais... que não temos nada a ver com ela, que somos melhores que ela... mas temos menos desculpa que ela... porque sabemos o que devemos fazer do dinheiro e não o fazemos...

12 julho, 2006 16:27  
Blogger Jorge Oliveira said...

É verdade. Mas cuidado com a ênfase desfocada do “material” em detrimento do “espiritual” que prolifera por aí. O grande Apóstolo Paulo afirmou: "Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade." Filipenses 4:12.
Que Deus nos dê sabedoria para administrarmos os nosso cêntimos (e vida) com equilíbrio, generosidade e amor.

12 julho, 2006 17:41  
Anonymous Anónimo said...

I'm a material..-! But who is not?

Palavras sabias do JO (quer dizer pelo JO).

MATERIAL e ESPIRITUAL

Quantas vezes pensamos ser espirituais ao extremo (pois espirituais todos somos),
principalmente quando olhamos a nossa volta e observamos nosso próximo.

O que faz o nosso próximo?
No que contribui o nosso próximo?
Qual é a actuação de nosso próximo?

É aí então que observamos a "trave" que está em nossos olhos.
Pois nosso próximo é a expressão de nós mesmos, é nosso espelho.
Pratica a cristandade, cria amor, gera alegria, dizima, observa
e fala (com ponderação), influencia, participa do conjunto,
abre a mão para o aflito, envolve-te nos eventos mais desprezados
e satisfaz teu coração.

http://o-arauto-pt.spaces.msn.com/

13 julho, 2006 12:31  
Blogger mulheres_estejam_caladas said...

Obrigada pelos vossos comentários... e fez-me pensar em que:
Há uma diferença entre escolher viver na pobreza, coisa que Jesús e o apóstolo Paulo fizeram e ser pobre sem o escolher... os milhares de crianças que vão em portugal para a escola sem pequeno almoço não escolheram ter fome. Os reformados que dão voltas no mini-preço, olhando os porta-moedas e conferindo os preços dos productos mais baratos gostariam que a Igreja de Cristo fosse um pouco menos espiritualizante. A igreja cristã toma conta dos seus "domésticos da fé" (às vezes) mas vive indiferente à dor à sua volta.
Jesus escolheu viver sem nada que não fosse a graça de Deus... conheço muito pouca gente assim... A Igreja de Jerusalém tinha tudo em comum...As Ordens Medicantes da Idade Média escolheram a pobreza e pregavam de cidade em cidade vivendo das esmolas... os primeiros Valdenses também... não estou a dizer que o devemos todos fazer, porque não penso que a Biblia advogue uma só maneira de ser cristão... o que estou a defender é que somos MATÉRIA, que a matéria não é necessariamente má... que Jesus NÃO VEIO salvar a nossa alma,(ideia da filosofia platónica e não vetrotestamentária)
A salvação é de toda a criação... não de algo imaterial que flutua algures entre nós e Deus...

Depois há o facto de nós gostarmos de usar palavras como: equilibro, ponderação...
nos evangelhos é impossível ver em Jesus um "bom cidadão"... o homem não tinha onde reclinar a cabeça, vivia sustentado por um grupo de mulheres que o seguia, não tinha dinheiro para pagar imposto, a família achava que ele estava louco, as autoridades religiosas tacharam-no de blasfemo, as autoridades políticas condenaram-no porque ele era um perigo...
tudo em Cristo é radical, revolucionário e dramático...
Muitas vezes porque pensamos que Jesus nasceu "porque tinha que morrer por nós", esquecemo-nos que de facto ele foi repudiado, expulso e condenado porque alvoroçava uma nação...
Jesus não era um cidadão exemplar equilibrado e ponderado...

13 julho, 2006 15:44  

Enviar um comentário

<< Home