domingo, janeiro 10, 2010

Havia um grande alvoroço nas margens do rio Jordão.

Um homem, com vestes de pêlo de camelo, pregava o baptismo do arrependimento dos pecados.
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Este baptismo de João não é ainda o baptismo cristão. Naquele tempo muitas seitas religiosas praticavam este rito, com o significado de que a vida passada deveria desaparecer, como se fosse levada pela corrente. Aquele que saía da água era considerado um homem novo, como se tivesse nascido naquele instante. No meio do povo, aparece também Jesus, que recebe este baptismo para surpresa daquele que o anuncia. Ao receber este baptismo de penitência e de perdão dos pecados (do qual não precisava, porque Ele não conheceu o pecado), Jesus solidarizou-Se com o homem, assumindo a sua condição.
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O baptismo é encarnação: Enquanto o povo se baptizava no rio, procurando perdão e uma nova vida, Deus desce até ao povo, e submetendo-se ao rito humano, diviniza-o. Jesus encarnado, Deus feito homem, aceita o rito humano, e dá-lhe um novo significado.
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Deus feito homem aceita a sua humanidade, e dá início à sua missão na terra: Viver como um de nós, anunciar a salvação, mostrar como se pode viver uma vida de esperança, liberdade e serviço.
Também para o Deus-homem, o baptismo foi um rito de passagem:
O carpinteiro de Nazaré deixa a sua mãe e família e abraça agora a humanidade como sua família, ao ser baptizado também Jesus deixa para trás a sua vida anterior e aceita ir para onde o Espírito o enviar!