quarta-feira, setembro 05, 2007

Ainda dos Acampamentos


Uma das coisas fantáticas de uma igreja nacional é o cadinho social. A nossa riqueza não é porque somos todos iguais e formatados a uma só maneira de ser e de viver a fé, mas porque ganhamos todos pela diversidade.

Nos acampamentos, desde sempre se juntam meninos chiques de Lisboa, com os filhos dos agricultores do interior e da orla, e convivem lado a lado angolos, moçambicanos e os filhos dos burgueses da Figueira da Foz e dos pescadores da Cova Gala.
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À mesa do refeitório nos primeiros dias juntam-se por tribos,
mas ao longo da semana enquanto se fazem amizade reinventam-se grupos e no final já se sentam todos misturados. É bonito de se ver.

Mas fica aqui uma conversa que ilustra bem as diferentes proveniências:
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À mesa, um menino in de Lisboa fala das suas férias:
"Este ano fui à Eurodisney e no mês passado fui um fim-de-semana a Londres,
acho que a seguir ao campo ainda vou a Itália."
Um outro menino do interior, que seguia a conversa interessado pergunta curioso:
"E a Abrantes? Já foste a Abrantes?"