sexta-feira, maio 18, 2007

A Fatwa Caritas de Falwell


Ai que vem aí o relativismo!

Contra esta mundo pluri, multi, poli levantam-se as vozes da modernidade dizendo: Uni, omni, absoluto.
A moral majority, as fatwas e sharias, o papa que luta contra o relativismo, todos são faces dos mesmos medos:o abalar do status quo, o fragmentar da influência que se quer total, o estilhaçar de um só centro, a luta por manter um poder necessariamente absoluto e de uma verdade que só pode ser irrefutável.

O medo. O medo de um mundo em ebolição que muda a uma velocidade que quebra o ritmo secular das instituições.
A identidade. Quem somos nós se tudo à nossa volta já não é o que era?
A segurança. Para quem iremos nós? Se no passado estava posto o nosso coração?
A Esperança. Nos nossos corações humanos, a esperança está nas coisas que passaram, naquilo que construímos e deveria ser garante de futuro.
A Esperança. No sopro do Espírito Santo, a esperança está no vento que sopra não sabemos de onde ou para onde, mas sabemos que é vento de novidade e renovo.

Falwell queria, Bento XVI, A ala dura do islamismo querem a garantia, a usança, o conhecido.
Deus... Deus é o Senhor que faz novas todas as coisas: Deus é um remoínho, é criação, é surpresa.

Pintura: Otto Dix

3 Comments:

Blogger maria said...

gostei deste post. identifico-me com as ideias dele.

18 maio, 2007 17:05  
Blogger Luís Sá said...

Curiosamente, eu também me identifico com este post.

Acho é que ele ajuda a combater o relativismo e não a defendê-lo. O medo vem-nos da necessidade do absoluto, da necessidade de Deus.

O facto de tudo parecer estar a ruir (ou estar mesmo em muitos casos) não significa que tenha deixado de haver verdades absolutas. Significa que andamos com sede delas. E só o Espírito faz com que nos abarquemos das que valem a pena. Sem ele, o nosso primeiro impulso é o fanatismo, sem dúvida.

Gosto muito do blog em geral e já há uns tempos que o leio!

Um abraço, em Cristo

18 maio, 2007 19:24  
Blogger mulheres_estejam_caladas said...

Gostei da tua ideia. fiquei a pensar que se calhar é a nossa sede de absoluto que prova que há absolutos...

Mas continuo a pensar que é impossivel cada um de nós chegar aos absolutos e por isso sou muito avesa às grandes verdades em termos teológicos.
O meu Deus não é necessáriamente o teu Deus, aquilo que eu concebo como o meu Deus, não é a tua percepção.

Por outro lado essa sede de absolutos cria esta vaga de conversões ao islão que se verifica no ocidente. As pessoas querem uma base firme. que se lhes diga o que está certo ou errado. uma cartilha do divino. Não penso que Deus se sinta por deduções filosóficas...

vou ficar a pensar...

gosto do eu blog sereno

18 maio, 2007 21:34  

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