terça-feira, novembro 13, 2007

Na hora do medo

Mesmo com a tecnologia a avançar,
Mesmo quando a doença é derrotada,
Mesmo com os media que denunciam,
Muitas vezes me sinto isolada.
Há dores que muitos silenciam,

Há dias em que não consigo respirar.

Na minha alma não há noite ou manhã,
O horizonte desaparece por completo.
Desfaço-me, impludo, sufoco,
Não vejo caminho recto.
Sinto-me marioneta, um boneco
Puxada, guiada por malévolos pedaços de lã.


Não sei para que serve tanto medo
Não sei porque teimo em lutar.
Desejo que o meu Senhor volte bem cedo,
Estou cansada de tropeçar, cair
e voltar-me a levantar.

Nas tuas mãos Senhor
Entrego duelos, desejos, derrotas
Esperanças, marasmos, dor.


Não sei o futuro.
Que digo eu? Nem soube o passado.
Mas nas tuas mãos
apenas, sempre, simplesmente, unicamente;
Nas tuas mãos, viverá guardado
O que sou o que serei,
O que destruí, o que semeei.


Pinturas: Eric Nykamp

1 Comments:

Blogger Vilma said...

Muito bonito. O poema e as ilustrações. :)

16 novembro, 2007 17:12  

Enviar um comentário

<< Home